Alerta mulheres: Com que idade devo fazer a primeira mamografia?
Entre os vários tipos de cancro da mama o carcinoma de mama é o tipo mais comum de neoplasia, o seu diagnóstico assim como o diagnóstico precoce dos outros tipos de cancros de mama pode ser alcançado através da realização do exame chamado mamografia.
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Lifestyle Risco
O cancro da mama é o tumor maligno mais frequente da mulher, segundo os dados disponibilizados no site de hospitais privados CUF. A sua incidência na Europa ocidental é de 90 novos casos por ano em cada 100 mil habitantes e em Portugal é semelhante.
O principal factor de risco para o desenvolvimento desta doença é a idade - a incidência da doença mais que duplica a partir dos 50 anos, passando a 200 casos por ano em cada 100 mil habitantes.
A incidência desta doença tem aumentado ligeiramente. Pensa-se que esse aumento se deve a um aumento dos casos diagnosticados pela prática disseminada do rastreio por mamografia e menos por alterações do estilo de vida das mulheres.
Regra geral, as mulheres devem iniciar o rastreamento de cancro da mama a partir dos 40 anos, através da realização de uma mamografia anual.
Todavia, existe um pequeno grupo de mulheres que deve iniciar o rastreamento antes dessa idade, às vezes até mesmo a partir dos 25 anos. Nesse grupo, encontram-se mulheres com história familiar de cancro de mama e com predisposição genética.
O mastologista Antonio Luiz Frasson, do Hospital Israelita Albert Einstein, no Brasil, explica que para se definir com qual idade a paciente deve iniciar a realização periódica da mamografia, o mastologista deve primeiro definir em qual grupo a paciente se encontra: se no grupo de alto risco com predisposição genética ou na população geral.
Os dois grupos de mulheres são bastante diferentes. A chance de uma mulher de 50 anos na população geral desenvolver cancro da mama é de cerca de 2%, ou seja, a cada 100 mulheres que atingem 50 anos, duas terão cancro da mama. E nessa população, o tumor está associado à idade, o que significa que quanto mais avançada a idade da mulher, maior a chance de ela desenvolver o cancro. Aos 80 anos, a incidência é de cerca de 10%.
Ao mesmo tempo, a chance de uma mulher de 20 anos sem predisposição genética desenvolver cancro de mama é extremamente baixa. A cada 100 mil mamografias feitas, apenas duas seriam diagnosticadas. Por outro lado, na população de alto risco, onde existe uma predisposição genética, o risco de ter um problema aos 50 anos é alto. Para esse público especificamente, o ideal é fazer um diagnóstico da mutação antes dos 30.
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