Flagelo: Os riscos da epilepsia para a saúde oral dos doentes
Em Portugal, cerca de 50 mil pessoas sofrem de epilepsia, a doença neurológica mais comum no mundo.
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Lifestyle Alerta saúde pública
Um problema que, explica João Braga, médico dentista do grupo Best Quality Dental Centers (BQDC), tem consequências não só devido “aos efeitos secundários da medicação efetuada para tratamento/prevenção de crises”, mas também resultante dos “acidentes que podem ocorrer durante uma convulsão”.
A propósito do Dia Internacional da Epilepsia, que se assinala hoje, dia 11 de fevereiro, o especialista salienta o “risco aumentado de cáries, aumento do volume do tecido gengival (hiperplasia gengival), sangramento gengival, sensação de boca seca, aumento da incidência de úlceras e aftas e cicatrização mais demorada”, que são as implicações orais mais comuns que decorrem do tratamento feito por quem vive com epilepsia.
Ainda que cerca de dois terços destes doentes tenham as suas crises bem controladas, resultado do cumprimento diário da sua medicação, estas acontecem e com elas “traumatismos faciais, lacerações da língua e lábios devido a mordeduras, deslocação do disco da articulação temporomandibular, o que pode implicar incapacidade de fechar a boca e até perda dos dentes anteriores”, reforça o médico, resultantes de “possíveis quedas durante um ataque epilético”.
É, por isso, importante “uma vigilância regular no médico dentista”, uma vez que, reforça João Braga, “todos estes problemas são detetados com um bom exame intraoral e possuem tratamento”.
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