Quatro alimentos que aguçam a inteligência e os que deitam tudo a perder
Os alimentos ajudam-nos de várias formas, sendo sem dúvida alguma o combustível que os neurónios necessitam para funcionar e fornecendo as vitaminas que nos deixam mais atentos e focados no dia a dia.
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Lifestyle Mentes perigosas
A dieta não afeta apenas a silhueta, impactando também sobre o bom funcionamento do organismo como um todo. Inclusive do cérebro, o órgão que consome mais energia, como explica a neurocientista e consultora nutricional Lisa Mosconi no seu livro 'Brain Food: How to Eat Smart and Sharpen Your Mind' ('Comida para o cérebro: como comer de forma inteligente e aguçar a mente').
Enquanto alguns alimentos ajudam a prevenir a demência, o stress, o declínio cognitivo e a perda da memória, outros podem contribuir para desencadear certos problemas neurológicos. “A alimentação tem uma importância vital no desenvolvimento de nosso organismo e nas funções biológicas. E também, claro, no sistema nervoso central e no cérebro”, diz o nutricionista Ramón de Cangas, da Academia Espanhola de Nutrição e Dietética.
A publicação espanhola El País destaca quatro alimentos que aguçam o raciocínio e a inteligência e outros que nem por isso...
Cavala para desacelerar o declínio cognitivo
Os ácidos graxos são essenciais para o bom funcionamento celular. O ómega 3, por exemplo, “tem um componente chamado DHA, encontrado também nas camadas externas das células nervosas”, explica o neurocientista Fernando Gómez-Pinilla, professor da Universidade da Califórnia. Isso ajuda a “proteger o cérebro do declínio cognitivo, além de reverter os danos causados pelo stress oxidativo [nesse órgão]”, afirma De Cangas. Diversos estudos indicam a importância do ômega 3, muito abundante na cavala, para o rendimento intelectual das pessoas mais velhas. Outros revelam que a falta dessas moléculas lipídicas está associada à doença de Alzheimer.
Azeite para aumentar os níveis de oxigénio no cérebro
O azeite é outra fonte vegetal de ómega 3 e contém ainda vitamina Nutriente este, que é especialmente importante para nos proteger da demência e aumenta igualmente o fornecimento de oxigénio no cérebro. Estudos realizados nos Estados Unidos e na Europa concluíram que os idosos que consumiam mais de 16 mg por dia de vitamina E, presente também em folhas verdes como espinafres, tinham um risco 67% menor de desenvolver demência em comparação com aqueles que ingeriam pouco ou nada.
Beterraba como combustível, ao invés do açúcar
Os neurónios usam glicose como fonte de energia, explica De Cangas, embora não seja necessário (nem bom) começar a comer colheradas de açúcar. “Com uma dieta equilibrada, que inclua legumes, cereais de grão inteiro, verduras, hortaliças e frutas, obteremos os carboidratos de que o organismo precisa para dispor da glicose necessária”, diz o especialista. Beterraba, kiwi, grãos integrais, batata doce, cebola e cebolinha são exemplos de alimentos que servem como combustível para nosso cérebro.
E os alimentos que colocam tudo a perder
As notícias não são todas animadoras. No seu livro, Mosconi menciona fritos, comida rápida e, sobretudo, a maioria dos alimentos processados como sendo os inimigos do corpo e sobretudo da mente. De fato, os ultraprocessados estão repletos de gorduras transgénicas (um tipo de ácido graxo formado quando um óleo em estado líquido se solidifica por hidrogenação, um processo que prolonga a vida dos alimentos) e de açúcar refinado. Vários estudos mostram que as pessoas que consomem dois gramas por dia de gordura transgénicas apresentam duas vezes mais chances de sofrer um maior declínio cognitivo e demência do que aquelas que ingerem menores quantidade.
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