Um congresso que aborda a principal causa de morte da população portuguesa: cerca de 35 mil pessoas morrem anualmente por doenças cardiovasculares – um terço de toda a mortalidade do país.

Além dos AVC e dos enfartes do miocárdio, destaque-se a insuficiência cardíaca como uma das doenças a combater e considerado, pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia, como uma das prioridades a nível nacional.  No caso da insuficiência cardíaca, os números de morte podem aumentar em 73% em 2036 e a carga total da doença, que engloba os anos de vida perdidos por morte e incapacidade, vai sofrer um aumento de 28% face a 2014, o equivalente a 16,8 mil anos de vida perdidos por morte prematura e 10,3 mil anos perdidos devido à incapacidade gerada pela insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca é uma condição crónica que afeta milhões de doentes globalmente, continuando associada a um elevado número de hospitalizações e mortalidade, apesar dos tratamentos disponíveis. O prognóstico da insuficiência cardíaca é sombrio, na medida em que somente cerca de metade dos doentes estão vivos cinco anos após o diagnóstico, sendo responsável por 2 a 3 vezes mais mortes do que o cancro da mama e o cancro do cólon.

Apesar de alguns bons resultados obtidos em Portugal, ainda é necessário existir um maior controlo dos fatores  de risco, é necessário apostar numa melhoria, em particular nos fatores de risco silenciosos. O Congresso Português de Cardiologia acolhe várias temáticas para uma análise ao que está a ser feito a nível nacional, quais foram os avanços, o que existe neste momento e como melhor.

Dentro da insuficiência cardíaca, são várias as discussões que vão existir, das quais se destacam:

- Dia 27 de abril, das 14h às 14h30 – Meet The Expert: Avanços rumo ao futuro da insuficiência cardíaca avançada com o Dr. Rui Terenas Baptista (Centro Hospitalar de Coimbra);

- Dia 27 de abril, das 14h às 15h30 – Como tratar a insuficiência cardíaca? Uma overview ao status da Insuficiência Cardíaca em Portugal, a otimização da terapêutica médica, indicações e resultados do suporte circulatório mecânico de longo prazo em Portugal e a esclarecer questões como: transplantação cardíaca: ainda a melhor opção?;

- Dia 28 de abril,  das 17h às 18h,  Prós e Contras – scores de risco na insuficiência cardíaca, uma mesa de debate que acolhe visões distintas na avaliação do problema cardíaco em Portugal, com a Drª Sandra Amorim (Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto) a favor, e a Drª Filipa Canário Almeida (Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães) contra;

- Dia 29 de abril, das 11h30 ao 12h – O melhor ano da insuficiência cardíaca.