Um levantamento realizado pela organização britânica sem fins lucrativos UK Sepsis Trust (UKST) apurou que uma em cada cinco pessoas que sofreram de Covid-19 e requereram internamento hospitalar apresentam uma probabilidade mais elevada de serem diagnosticadas com sépsis no espaço de um ano após terem recebido alta. 

A UKST estima que só no Reino Unido 100 mil pessoas receberão alta hospitalar tendo sofrido de Covid-19. 

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Tal significa que cerca de 200 mil pessoas estarão em risco de sofrer de sépsis - condição muitas vezes fatal -, o que torna necessário, na opinião da organização, a divulgação de campanhas de alerta pelo governo e autoridades de saúde. 

A sépsis ocorre quando o sistema imunitário no corpo humano responde de forma exagerada a uma infeção, o que por sua vez pode levar à falência de órgãos e em última instância à morte.

Os especialistas creem que a Covid-19 tem a capacidade de danificar significativamente o sistema imunitário fazendo com que este não venha a responder adequadamente a futuras infeções - um estado que pode persistir durante vários anos.  

Um estudo publicado no Critical Care Medicine em 2015 sublinhou que 20% das pessoas eram readmitidas no hospital no espaço de 12 meses após um episódio de sépsis. 

Em estado de alerta

Ron Daniels, médico e fundador da UK Sepsis Trust, disse em declarações ao jornal The Sun que é extremamente importante que as pessoas que sobreviveram à Covid-19 - quer tenham experienciado sintomas ligeiros a moderados em casa ou no hospital - estejam a par dos sintomas. 

O especialista apontou que são seis os sinais de alerta de sépsis: discurso arrastado ou confusão, dor extrema nos músculos ou articulações, não urinar durante um dia inteiro, falta de ar severa, manchas na pele ou palidez e a 'sensação de que vou morrer'. 

A organização tem atualmente uma campanha que encoraja as pessoas a se questionarem a elas próprias 'pode ser sépsis?', de modo a assegurar que a condição está presente na mente dos doentes e dos médicos que os tratam. 

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