A arte dos retratos-robô e o seu papel na ciência forense

Os artistas de retratos-robô são usados pela polícia para esboçar a imagem de uma pessoa. Na maioria das vezes, essa pessoa é suspeita de um crime, mas também pode ser alguém morto e irreconhecível, ou mesmo uma pessoa desaparecida, entre outros. Estes artistas são especialistas quando se trata de esboçar uma imagem a partir da memória e de testemunho de outras pessoas. Mas o trabalho deles é ainda mais difícil do que se possa imaginar.

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Odores como inspiração

O cheiro ativa a evocação da memória, o que ajudará a pessoa questionada a fazer uma melhor descrição.

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Odores como inspiração

De acordo com Melissa Cooper, artista forense independente, isso pode levar a testemunha de volta à cena e "é um estado perfeito para se estar".

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Não podem ser demasiado realistas

Os artistas forenses costumam pender mais para um retrato incompleto do que por um extremamente realista. Isso porque as pessoas têm maior probabilidade de não reconhecer alguém que conhecem se houver um detalhe errado no retrato.

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Não podem ser demasiado realistas

Lisa Bailey, ex-desenhadora de retratos-robô do FBI, explica: “[Os artistas] mantêm, por necessidade, a sua própria autoexpressão e arte fora disto, e não adicionam informação que criaria uma imagem "mais bonita", mas que poderia impedir a pessoa de ser reconhecida."

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Podem ter apenas um crânio como referência

Às vezes, os artistas forenses precisam de recriar as características faciais com base no crânio de uma pessoa falecida. Geralmente, usam uma réplica 3D e argila.

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Podem ter apenas um crânio como referência

“O crânio diz muito. Pode dizer para onde os olhos se inclinavam, para onde iam as narinas, onde estavam as sobrancelhas. Se eu pudesse escolher uma foto de um cadáver em decomposição ou de um crânio, eu pegaria no crânio", disse Cooper.

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Às vezes as pessoas são retratadas com um sorriso

Se houver algo diferente ou exclusivo sobre os dentes da pessoa, o retrato deve refletir isso. Portanto, às vezes as pessoas são retratadas com um sorriso ou até um largo sorriso.

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Às vezes as pessoas são retratadas com um sorriso

“Se houver algo de invulgar quanto aos dentes, como espaços ou dentes tortos, então desenhamo-las com os lábios entreabertos ou com um pequeno sorriso, porque alguém pode reconhecer a pessoa apenas por causa dos dentes”, diz Cooper.

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Poderão ter de olhar para ninhos de pássaro à procura de pistas

Os artistas forenses precisam de recolher o máximo de informações possível, mas ao lidar com corpos em decomposição, coisas como a cor do cabelo podem ser um problema de identificação.

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Poderão ter de olhar para ninhos de pássaro à procura de pistas

Cooper diz que "um bom lugar para encontrar isso é em ninhos de pássaro próximos… Os pássaros adoram cabelo."

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Poderão ter de se basear em vídeo de vigilância

Ser um desenhador de retratos-robô não é apenas desenhar pessoas com base na memória de testemunhas. Às vezes, eles são chamados para desenhar retratos com base em imagens de vídeo não muito claras.

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Poderão ter de se basear em vídeo de vigilância

“Se tiverem apenas três quartos da cara vista de cima, posso usar isso", diz Cooper. "Sabendo a anatomia da cabeça, consigo mostrar-lhes como seria o aspeto do resto da pessoa", acrescentou ela.

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As orelhas são um pormenor complicado

A maioria das pessoas lembrar-se-á de características faciais, como olhos, nariz, boca ou queixo, mas terá dificuldade em lembrar-se das orelhas.

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As orelhas são um pormenor complicado

Alguns desenhadores usam catálogos de imagens que mostram às testemunhas, para que possam ajudar a identificar uma determinada característica.

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Poderão usar tecnologia

Os artistas costumam usar software para manipular retratos antes de serem mostrados ao público.

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Poderão usar tecnologia

As edições de imagem incluem abrir os olhos, fechar a boca, ajustar a mandíbula ou realinhar a cabeça, entre outras coisas.

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Poderão esboçar alguém que a polícia já conhece

Os artistas forenses às vezes fazem um retrato baseado num suspeito que a polícia já tem em arquivo.

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Poderão esboçar alguém que a polícia já conhece

Geralmente, fazem-no para ver se uma testemunha corresponde à descrição da sua imagem.

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Às vezes trabalham "pro bono"

Muitos bons desenhadores emprestaram os seus talentos por uma uma boa causa. Por exemplo, fazer o retrato de uma criança desaparecida anos após o seu desaparecimento.

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Às vezes trabalham "pro bono"

Artistas com talento no envelhecimento do retratado conseguem esboçar a pessoa como ela seria provavelmente uns anos mais tarde. Às vezes fazem isso para famílias, por exemplo.

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Os retratos são assinados pelas testemunhas

Depois de um retrato ser concluído, passa a ser considerado prova policial. A testemunha é obrigada a assiná-lo.

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Os retratos são assinados pelas testemunhas

As testemunhas geralmente assinam no verso do desenho, para evitar que as suas assinaturas sejam reconhecidas se o desenho for a público.

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Alguns detetives têm relutância em usar os retratos

O ex-detetive e desenhador Charles Jackson diz: “A coisa mais surpreendente da profissão é que é difícil fazer os detetives usarem-na como ferramenta”.

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Alguns detetives têm relutância em usar os retratos

Isso acontece porque os detetives têm preocupações relativamente a testemunhas a confirmarem provas baseadas em memórias. Embora Jackson diga que aqueles que usam retratos-robô acabam por ter uma experiência positiva.

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A maior parte destes artistas não trabalha a tempo inteiro

A maioria dos artistas forenses trabalha como consultores autónomos e são chamados pela polícia quando necessário.

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A maioria deles não faz outro tipo de trabalho

Embora alguns artistas façam ocasionalmente outras coisas além de arte forense, a maioria faz apenas isso. Às vezes recebem pedidos muito estranhos.

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A maioria deles não faz outro tipo de trabalho

Cooper lembra-se de uma ocasião em que “tinha alguém do programa da Ellen DeGeneres que queria que eu fizesse um compósito de um "chupacabra", que a esposa de Ellen alegadamente viu do lado de fora da sua casa.” Ela acrescentou: “Outra pessoa queria que eu a ajudasse a interpretar um sonho. Há um elemento de integridade no trabalho. Recusei.”

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Há uma componente de sorte

Eles podem fazer o melhor retrato-robô possível, mas as pessoas têm de o ver para que o retrato desempenhe a sua função.

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Há uma componente de sorte

“A pessoa certa tem de reparar no retrato à hora certa. A melhor e mais precisa aproximação facial do mundo não funciona se um membro da família ou amigo não vir o desenho”, diz Bailey.

Fonte: (Mental Floss)

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