Portugal recebe novo tratamento para a reabilitação de pacientes pós AVC
A novidade é apresentada hoje, 29 de outubro, no Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral.
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Lifestyle Acidente vascular cerebral
Acidentes vasculares cerebrais são relativamente comuns, graves e, muitas vezes, deixam sequelas incapacitantes e duradouras. É, em Portugal, a primeira causa de morte, por isso, é essencial conseguir preveni-lo, mas quando acontecem, também é essencial fazer uma boa recuperação.
Agora, é apresentado um tratamento "inovador e diferenciado", lê-se em comunicado, que pode representar uma nova esperança para quem já sofreu um AVC e ainda não recuperou.
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Trata-se de uma terapia apelidada de 'recoveriX' e chegou a Portugal através do Centro CEREBRO. Segundo explica a instituição, é uma "neurotecnologia inovadora e única que ajuda o paciente a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais rápida e melhor sucedida".
Esta é "uma nova oportunidade de reabilitação", especialmente porque "pode ser aplicada mesmo após uma terapia padrão que não conseguiu produzir nenhum benefício adicional".
A instituição explica ainda que a terapia 'recoveriX' resulta da combinação de três terapias convencionais, nomeadamente a "imaginação motora, através da qual o paciente imagina o movimento da mão enquanto o recoveriX mede a sua atividade cerebral através de sinais EEG"; a "realidade virtual, onde a imaginação conduz a uma simulação virtual de membro imaginado no ecrã"; e ainda a "estimulação elétrica, em que o movimento imaginado torna-se um movimento real através da estimulação dos seus músculos afetados sem qualquer dor".
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Para fazer esta terapia são necessárias, no total, 25 sessões em que os pacientes imaginam os movimentos das mãos ou das pernas seis mil vezes, "o mesmo número de vezes que uma criança necessita para aprender a andar".
Durante as sessões, enquanto imagina os movimentos, o paciente está a criar novas ligações no cérebro, e vai relembrando a capacidade de se mover. Cada sessão tem a duração de 50 minutos e podem ser realizadas, se necessário, três ou mais sessões por semana ou até dois tratamentos por dia.
Além disto, a instituição explica que os pacientes que já fizeram esta terapia "apresentaram visíveis melhorias, nomeadamente no que se refere à sua locomoção, maior capacidade de concentração, aumento da capacidade de memória, capacidade de movimento ativo e passivo, redução da espasticidade, aumento da sensibilidade bem como redução de tremores".
Aliás, a sua eficácia foi até confirmada por um estudo, feito em pequena escala, publicado em 2020, na revista científica Frontiers in Neuroscience.
Jorge Alves, neuropsicólogo diretor do Centro CEREBRO, afirma em comunicado que a instituição é a única "a disponibilizar esta terapia em Portugal e a possuir a certificação para a sua aplicação".
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