Vem aí novo método contracetivo para homens? Testes são promissores
Batizado de ADAM, pode vir a estar disponível para venda até 2027. Está tudo nas mãos da agência que autoriza a utilização de medicamentos nos Estados Unidos.
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O primeiro método contracetivo em gel do mundo apresentou 99% de eficácia nos testes clínicos iniciais, de acordo com a empresa norte-americana de biotecnologia Contraline, responsável pelo desenvolvimento do produto. Batizado de ADAM, pode vir a estar disponível para venda até 2027. Para já, a aprovação depende da Food and Drug Administration, a agência que autoriza a utilização de medicamentos nos Estados Unidos.
Este método serve para bloquear a saída de espermatozoides do corpo do homem nas ejaculações. O investigador Kevin Eisenfrats, líder da Contraline, descreve o gel como um "DIU [dispositivo intra-uterino de cobre] para homens" porque espera que o contracetivo seja duradouro, mas reversível.
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"Prevemos que o nosso primeiro produto seja algo que os homens possam obter a cada um ou dois anos. Obviamente, faremos ensaios clínicos para provar que é eficaz durante esse período de tempo" afirma Eisenfrats em entrevista à STAT News.
O estudo foi realizado com 23 homens da Austrália. Mais de 1,5 mil voluntários de diferentes idades se candidataram. O procedimento, semelhante a uma vasectomia, durou aproximadamente 15 minutos. Os médicos fizeram uma pequena incisão abaixo do escroto dos indivíduos para ter acesso ao canal deferente, que o que conduz os espermatozoides.
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Depois do gel ter sido injetado, o tubo foi reinserido no corpo e o corte fechado. Todos os participantes continuaram a ter ejaculações, mas a contagem de espermatozoides caiu de 99 a 100% apenas um mês após o procedimento, o que demonstra que o que o método foi eficaz na prevenção da saída dos espermatozoides do corpo.
Nas semanas seguintes, não foi relatado nenhum efeito adverso. No entanto, este primeiro ensaio clínico não testou a eficácia do gel na prevenção da gravidez ou até se o método é reversível. Alguns cientistas que não fizeram parte do estudo temem que os espermatozoides possam encontrar uma maneira de contornar o bloqueio, resultando numa gravidez não planeada.
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