Ruinart. "A procura ultrapassa largamente a nossa oferta"
A marca acaba de lançar o projeto Carte Blanche 2024 e uma nova identidade visual.
© Ruinart
Lifestyle Bebidas
A Ruinart, a mais antiga casa de champanhe, surpreendeu com a revelação da sua nova identidade visual na sétima edição da ARCOlisboa. Ao mesmo tempo, apresentou o projeto Carte Blanche 2024, reforçando o seu compromisso com a promoção da cultura e o apoio aos artistas.
A propósito destas novidades, o Lifestyle ao Minuto esteve à conversa com Inês Machado, diretora de marketingce comunicação Empor Spirits & representante da maison Ruinart em Portugal
O que torna diferente a história da Ruinart?
É a primeira casa de champagne, fundada em 1729, inspirada pela intuição de um monge muito há frente do seu tempo. Nicolas Ruinart, sobrinho do monge visionário - Dom Ruinart, redigiu a carta de fundação da Maison Ruinart, criando a primeira empresa produtora de champanhe do mundo. Isto deu origem a uma empresa que continua a florescer e a prosperar quase 300 anos depois, conhecida por ser sinónimo de champanhes excecionais baseados em Chardonnay e simultaneamente a representação da 'Jóia de Champanhe' devido ao seu posicionamento. Em meados do século XVIII, para armazenar as suas garrafas e garantir a qualidade, a Ruinart adquiriu umas caves da altura dos Romanos, escavadas no subsolo da cidade de Reims. Estas caves são, atualmente, Património da Unesco e um dos 'assets' fundamentais para garantir a qualidade e consistência dos nossos champanhes. Em 1764, a Casa mostrou mais uma vez o seu ADN pioneiro e exportou com enorme sucesso o primeiro champanhe Rosé para toda a Europa. Apesar de ter permanecido na família Ruinart mais de dois séculos, hoje faz parte do maior grupo de luxo do mundo, a LVMH.
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E, no seu entender, o que faz da Ruinart uma das marcas mundiais de champanhe mais relevantes?
Baseia-se na 'art de vivre', conceito que remonta há época que foi fundada, na corte do rei D. Luis XV. É a combinação de uma alquimia equilibrada entre a perícia do vinho e o carácter exclusivo veiculado através da arte. Acreditamos no poder da arte para transformar, conetar e iluminar.
Onde vê oportunidades de crescimento?
O tipo de reconhecimento que procuramos não se traduz em crescimento de vendas. O compromisso da Maison Ruinart com a preservação da natureza e do savoir-faire tem raízes históricas, já que desde a sua fundação em 1729, a Ruinart sempre considerou fundamental o terroir e o saber ancestral como base dos seus vinhos excepcionais. Em resposta aos desafios ambientais globais, a maison Ruinart assumiu fortes compromissos para realizar inúmeras transformações que visam ter um impacto positivo no mundo, desde restaurar a biodiversidade, a repensar uma produção mais sustentável, a inovar no 'packaging', e, obviamente, a aumentar a consciencialização da sociedade através da arte. Portanto, a grande oportunidade que importa alcançar é a sustentabilidade do negócio, garantindo que estamos a fazer tudo ao nosso alcance para continuar a elaborar champanhes com a qualidade desejada, minimizando ao máximo o impacto no ecossistema.
É difícil trabalhar um produto com um posicionamento de preço tão elevado?
Marcas em segmentos premium ou luxury são mais resilientes versus 'commodities', exatamente porque como Coco Chanel disse sabiamente: "O luxo é uma necessidade que começa quando as necessidades acabam". Temos uma marca muitíssimo bem estabelecida no nosso país, com uma quota de mercado sem igual, e deparamo-nos, ano após ano, com uma obrigação de sermos mais seletivos e eficazes, já que a procura ultrapassa largamente a nossa oferta. Trabalhar este segmento de marcas é a verdadeira 'expertise' da Empor Spirits e temos muito orgulho no trabalho desenvolvido ao longo dos anos, que permite reforçar o compromisso da Maison Ruinart em nos escolher como parceiros em Portugal há quase duas décadas.
Existe um compromisso da marca com a sustentabilidade.
Sim. Não um, mas nove compromissos bem definidos para dar resposta aos desafios ambientais globais. A título de exemplo, destaco três: a biodiversidade, repensar uma produção mais sustentável e a implementação de ações concretas e quantificáveis de redução da pegada carbónica.
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Haverá novidades este ano?
A maior novidade foi efetivamente o 'Carte Blanche 2024' com um conceito diferenciador versus anos anteriores e a apresentação da nova identidade visual. Do ponto de vista de gama, a inovação que a maison lançou recentemente, de carácter muito exclusivo e limitado, é o Ruinart Blanc Singulier 2019. A casta Chardonnay revela agora texturas pronunciadas e perfis mais aromáticos, mais frutados e picantes, à medida que as temperaturas na região de Champagne mudam e o amadurecimento acelera. Este ano, o enólogo Frédéric Panaïotis e sua equipa revelaram o novo cuvée 100% chardonnay Ruinart Blanc Singulier para explorar essas expressões aromáticas únicas, preservando ao mesmo tempo a frescura aromática, tão característica da Maison.
De que se trata o projeto Carte Blanche 2024, apresentado na ARCOlisboa 2024?
Este ano, o projeto Conversation with Nature oferece pela primeira vez uma visão coletiva impulsionada por seis artistas com uma forte ligação à natureza. Originários dos cinco continentes, os artistas convidados personificam a arte contemporânea, mas também diferentes formas de como as questões ambientais são percebidas em todo o mundo. Todos eles se focam na relação entre o homem e a natureza através do seu prisma único. Andrea Bowers combina arte e ativismo, Thijs Biersteker baseia o seu trabalho em dados científicos, Marcus Coates cria novas relações com um mundo "mais que humano", Pascale Marthine Tayou traz a beleza onde menos se espera, Henrique Oliveira e as suas esculturas espetaculares trazem plantas e outros elementos orgânicos juntos, enquanto Tomoko Sauvage é apaixonada por bolhas - desde a forma como elas se formam até sua aparência transparente. Ao longo de 2024, a visão e a inspiração dos seis artistas convidados serão reveladas em feiras de arte em todo o mundo, com as quais a Maison Ruinart colabora anualmente.
Na mesma ocasião, a marca apresentou uma nova identidade visual.
O mote deste ano da Carte Blanche é 'Conversas com a Natureza', fio condutor da própria identidade da maison que expressa a harmonia com o mundo natural. Os ingredientes naturais são nutridos através de um processo delicado, de elaboração artesanal. O 'savoir-faire' é transmitido de geração em geração, mas olhando sempre para o futuro, através da investigação e da inovação. A identidade visual da Ruinart, materializada na execução da ARCO Lisboa '24, traz as linhas orgânicas aliadas a materiais essenciais que a natureza nos fornece na sua simplicidade elegante.
Quais os objetivos da marca para o futuro?
Face às alterações climáticas, a nossa geração tem o dever de reinventar a sua 'expertise' para preservar o equilíbrio natural que sustenta a excelência dos vinhos Ruinart.
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