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Ryanair reconhece sindicato de tripulantes de cabine em Itália

A companhia aérea Ryanair anunciou hoje ter chegado a um acordo de reconhecimento com o sindicato italiano Fit-Cisl, que passará a integrar um órgão de negociação para a tripulação de cabine diretamente empregada em Itália.

Ryanair reconhece sindicato de tripulantes de cabine em Itália
Notícias ao Minuto

17:46 - 20/07/18 por Lusa

Mundo Companhia

Em comunicado, a transportadora indica que "assinou hoje um acordo de reconhecimento com o Fit-Cisl", estrutura que passará a integrar um órgão de negociação conjunto para a tripulação de cabine diretamente empregada em Itália, do qual já fazem parte a Associação Nacional dos Profissionais da Aviação Civil (ANPAC) e a Associação Nacional dos Profissionais de Assistentes de Voo (ANPAV) daquele país.

Segundo a companhia aérea, este órgão começa a funcionar na próxima terça-feira "para iniciar as negociações sobre um acordo coletivo de trabalho".

A Ryanair aponta que empresas externas, como a Crewlink e a Workforce, que também empregam tripulantes de cabine em Itália, assinaram estes acordos de reconhecimento e farão parte das negociações sobre o acordo coletivo de trabalho.

Na quinta-feira, a Ryanair anunciou que assinou um acordo de reconhecimento sindical com a Ver.di para os tripulantes de cabine da Ryanair com base na Alemanha.

Tendo em conta esse acordo e os hoje conhecidos, a companhia aérea nota estar a iniciar negociações sobre acordos coletivos de trabalho que abrangem "mais de 66% do seu pessoal nos principais mercados em Itália, Reino Unido e Alemanha".

Citado no comunicado, o responsável pelos recursos humanos da Ryanair, Eddie Wilson, considera que "este é mais um sinal do progresso que a Ryanair está a dar aos sindicatos desde a decisão tomada em dezembro de 2017" que visava reconhecer estas estruturas.

Eddie Wilson afirma que espera "anunciar novos acordos nas próximas semanas, nomeadamente nos países onde os sindicatos abordaram essas negociações de maneira prática e positiva", entre os quais estão Portugal, Espanha e Bélgica.

"Este crescente número de acordos de reconhecimento para [representantes de] pilotos e tripulação de cabine demonstra que estamos a progredir e a mostrar aos céticos que estavam errados quando alegaram que a nossa decisão de dezembro de 2017 não era real ou genuína", adianta a o responsável.

Entretanto, os sindicatos que representam a tripulação de cabine da transportadora irlandesa convocaram para 25 e 26 de julho uma greve em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica. A paralisação em Itália só se realizará no primeiro dos dois dias.

Os trabalhadores exigem que a companhia aérea de baixo custo, entre outras coisas, passe a respeitar os direitos dos trabalhadores em cada país em que opera e reconheça os representantes sindicais eleitos, que pretendem negociar um acordo coletivo de trabalho.

Ao todo, são até 300 os voos diários cancelados na próxima quarta e na quinta-feira devido a perturbações provocadas pela greve de tripulantes de cabine em Portugal, Espanha e Bélgica.

A companhia estima que os cancelamentos possam envolver até 50 dos mais de 180 voos diários operados pela Ryanair de e para Portugal (27%).

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