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Tribunal condena à morte 37 alegados membros de grupo 'jihadista' egípcio

O tribunal penal do Cairo condenou hoje à morte em primeira instância 37 alegados membros do grupo 'jihadista' Ansar Bait al-Maqdis, acusados de atos terroristas, assassínios de polícias, e tentativa de assassínio de um ex-ministro do Interior egípcio.

Tribunal condena à morte 37 alegados membros de grupo 'jihadista' egípcio
Notícias ao Minuto

15:10 - 02/03/20 por Lusa

Mundo Egipto

A agência noticiosa oficial MENA referiu que esta foi a primeira sentença, num caso que engloba mais de 200 acusados de pertencerem a este grupo radical e perpetrarem ataques contra membros do exército e da polícia, entre outras ações.

Os 37 condenados foram considerados culpados de "assassínios de oficiais da polícia, tentativa de assassínio do ex-ministro do Interior egípcio [Mohamed Ibrahim], ataques a instalações de segurança em várias províncias" do país nos últimos anos.

A Procuradoria-geral também os acusou de "espionagem" a favor do movimento islamita palestiniano Hamas, que governa a Faixa de Gaza, na fronteira com a península egípcia do Sinai.

Segundo fonte judicial, entre os condenados encontra-se Hisham al Ashmawy, a quem foi atribuído o ataque que matou o procurador-geral Hisham Barakat em meados de 2015, e pelo qual foi sentenciado à morte por um tribunal militar em novembro de 2019.

Para além dos condenados à morte por enforcamento, foram sentenciadas 61 pessoas a prisão perpétuas e outras 87 a penas entre cinco e 15 anos de prisão, enquanto cerca de 20 indicados neste julgamento morreram na prisão, acrescentou a fonte.

A Procuradoria-geral iniciou este caso em maio de 2014, acusando mais de 200 supostos dirigentes e membros do Ansar Bait al-Maqdis ("Defensores de Jerusalém"), e ordenando a detenção de outros 102 suspeitos.

O grupo 'jihadista' foi responsabilizado por diversos atentados após o derrube do ex-Presidente islamita Mohamed Morsi no golpe de Estado de 3 de julho de 2013, com o início de uma repressão implacável aos seus apoiantes e, em resposta, numerosos ataques contra as forças de militares e policiais e a representantes do novo governo.

Em 2014, o Ansar Bait al-Maqdis jurou lealdade ao grupo 'jihadista' Estado islâmico e alterou a designação para Wilayat Sina (Província do Sinai), a sua principal zona de implantação e onde as Forças Armadas egípcias promovem desde então uma operação em larga escala contra os grupos radicais.

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