Nova técnica deixa bebé ligado à placenta depois do parto
São cada vez mais as mulheres a optarem pelo parto de lótus. Na prática, o recém-nascido fica ligado à placenta por intermédio do cordão umbilical até que este se solte naturalmente, indica a BBC. Uns acreditam ser uma transição mais suave para o bebé, que lhe trazer benefícios espirituais, outros criticam o acto devido ao perigo de infecções.
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Mundo Alternativa
O parto de lótus consiste na preservação da placenta, depois do nascimento, para que esta fique ligada ao bebé até que o cordão umbilical se quebre naturalmente e são cada vez mais as adeptas desta alternativa.
A britânica Holly Lyne, de 31 anoscontou à BBC a sua experiência. "O meu primeiro parto foi muito traumático. E durante a segunda gravidez eu estava determinada a ter uma experiência diferente. Fiz várias pesquisas durante a gravidez e o parto de lótus pareceu-me uma transição suave para o bebé, do útero para o mundo exterior."
Porém, esta prática é criticada por obstetras, visto o cordão demorar, em média, sete dias a soltar-se e existir um risco de infecções graves para a criança.
O Royal College of Obstetricians and Gynaecologists não aconselha a prática e, num comunicado, afirma que, "pela inexistência de pesquisa sobre a técnica de lótus (nova na Grã-Bretanha) não há nenhuma prova médica de que a manutenção da placenta traga algum benefício aos recém-nascidos".
Já a parteira Debbie Rodhes considera não existem benefícios fisiológicos mas sublinha a questão espiritual: “Aqueles que optam por esse tipo de parto acreditam ser uma forma de não interferência. É algo espiritual deixar a separação acontecer naturalmente."
Rhodes adianta ainda que a prática sempre existiu, só que agora é mais difundida.
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