Chinês detido por ter alegadamente vandalizado santuário em Tóquio
A polícia japonesa anunciou hoje a detenção de um cidadão chinês residente no Japão que alegadamente vandalizou um pilar de pedra no controverso Santuário Yasukuni em Tóquio, que está ligado ao imperialismo japonês.
© Ahmet Furkan Mercan/Anadolu via Getty Images
Mundo Tóquio
O suspeito publicou um vídeo nas redes sociais que mostra a sua viagem de metro até ao local e como, uma vez lá, fingiu urinar no monumento e pintou a palavra "toilet" ("casa de banho", em português) em tinta vermelha.
O homem, que se autointitula "Cabeça de Ferro", publicou as imagens numa aplicação chinesa de partilha de vídeos e recebeu elogios de outros utilizadores.
"Não há nada que possamos fazer em relação à libertação de água contaminada pelo governo japonês no oceano?", disse o autor do vídeo, no que se entende ser um protesto contra a libertação de água tratada da central nuclear de Fukushima Daiichi, que sofreu um acidente em 2011 após um terramoto no Pacífico.
De acordo com a agência noticiosa japonesa Kyodo, as autoridades utilizaram uma câmara de vigilância próxima para identificar o autor do crime e emitiram mandados de captura para dois outros cidadãos chineses, embora estes já não se encontrassem no Japão.
Yasukuni presta homenagem aos mortos entre o final do século XIX e 1945, mais de 2,4 milhões de pessoas, incluindo 14 políticos e oficiais do Exército Imperial, condenados como criminosos de guerra de classe A após a Segunda Guerra Mundial.
Nenhum chefe de governo japonês em funções visitou o santuário desde que Shinzo Abe veio fazer a oferenda em dezembro de 2013, suscitando críticas no país e no estrangeiro.
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