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Rússia confirma detenção de britânico acusado de combater por Kyiv

Um tribunal russo confirmou hoje que manteve em prisão preventiva um britânico acusado de ter combatido pelo exército ucraniano na região russa de Kursk, onde Kyiv lançou uma ofensiva em agosto.

Rússia confirma detenção de britânico acusado de combater por Kyiv
Notícias ao Minuto

26/11/24 10:28 ‧ Há 1 Hora por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Um tribunal da região de Kursk examinou o caso à porta fechada na segunda-feira e decidiu deter James Anderson, que "atravessou ilegalmente" a fronteira russa para participar "nas hostilidades" na zona, segundo um comunicado do seu serviço de imprensa.

 

"Foi escolhida uma medida preventiva de prisão preventiva" pelo "perigo" que representa Anderson, referiu o tribunal.

No início de agosto, a Ucrânia lançou uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, que faz fronteira com o seu território. Esta operação, a maior ofensiva em território russo desde o final da Segunda Guerra Mundial, apanhou as forças de Moscovo de surpresa numa região fracamente defendida e foi um revés humilhante para o Kremlin.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy, prometeu na segunda-feira prestar todo o seu "apoio" a este cidadão, afirmando ter sido informado "nos últimos dias" da sua detenção.

Um vídeo divulgado na internet por grupos pró-Kremlin mostrou um combatente estrangeiro capturado com as mãos amarradas e a identificar-se como James Anderson. O detido explicou que se juntou às forças ucranianas depois de ter sido dispensado do exército britânico. Terá sido capturado na região de Kursk, na Rússia.

O vídeo não pôde ser verificado de forma independente, segundo a agência de notícias AFP.

Numa entrevista recente ao Daily Mail, o pai de James Anderson manifestou-se chocado ao ver o vídeo.

"Vi imediatamente que era o meu filho. Parece assustado e preocupado", afirmou Scott Anderson.

O pai de James Anderson disse que a família tentou, sem sucesso, dissuadir o filho de 22 anos de viajar para a Ucrânia.

"Ele achava que estava a fazer o que era certo", sublinhou Scott Anderson.

O Governo britânico alerta que os cidadãos que vão combater na Ucrânia poderão ser "processados" pelos tribunais no seu regresso ao Reino Unido.

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