China apoia cooperação comercial com o México e critica a "politização"
Pequim afirmou hoje que a "politização" das questões comerciais "não beneficia" nenhum país sobre acusações de que produtos chineses entram nos Estados Unidos e Canadá através do México.
© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images
Mundo Cooperação
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, afirmou hoje em conferência de imprensa que a cooperação comercial entre a China e outros países assenta em princípios de mercado e normas internacionais.
"Politizar as questões económicas e comerciais não serve os interesses de nenhuma parte", disse o porta-voz.
A China destacou a força da sua relação bilateral com o México, chamando-lhe "amigos e parceiros de confiança no desenvolvimento conjunto".
Segundo Mao Ning, as importações de produtos chineses fortaleceram o setor industrial mexicano, melhoraram a competitividade comercial e beneficiaram a população local.
Na semana passada, a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, rejeitou as acusações de que o México é uma rota de trânsito de produtos chineses para os Estados Unidos e Canadá.
A líder mexicana respondia assim às palavras do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que manifestaram preocupação com os investimentos chineses e os produtos daquele país que entram na América do Norte através do México.
A presidente garantiu que o seu governo fornecerá provas em contrário a Washington e Otava.
Além disso, sublinhou que a sua administração dá prioridade ao desenvolvimento das indústrias nacionais, ao aumento de componentes locais nos produtos e à substituição de determinadas importações da China.
As declarações surgem em paralelo com o anúncio de Trump, na segunda-feira, de taxas adicionais de 10% sobre os produtos chineses e de medidas contra os produtos mexicanos devido a questões de imigração e contrabando de fentanil.
O ministério do Comércio chinês, através do porta-voz da sua embaixada nos Estados Unidos, Liu Pengyu, respondeu ao anúncio do presidente eleito Donald Trump afirmando que "ninguém ganhará uma guerra comercial ou tarifária".
Pequim sublinhou que a cooperação económica e comercial entre os dois países é "mutuamente benéfica" e rejeitou as acusações de permitir deliberadamente o fluxo de precursores químicos do fentanil para os Estados Unidos, chamando-as de "contrárias aos factos e à realidade".
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