Sociais-democratas da Lituânia reclamam vitória na segunda volta
O Partido Social-Democrata da Lituânia (LSPD), de centro-esquerda, declarou-se vencedor da segunda volta das eleições legislativas realizada este domingo naquele país báltico, que faz fronteira com a Rússia e a Bielorrússia.
© Ints Kalnins/Reuters
Mundo Lituânia
Com os votos contados em 1.652 das 1.685 mesas, é certo que os sociais-democratas de Vilija Blinkeviciute formarão o maior grupo no no parlamento unicamaral, Seimas, à frente dos conservadores da União Nacional-Lituana Cristã-Democratas (TS-LKD) da primeira-ministra, Ingrida Simonyte.
De acordo com as projeções, o TS-LKD obterá 50 lugares num total de 141, o que poderá viabilizar a formação de uma coligação com dois outros partidos do centro atualmente na oposição.
"O resultado das eleições mostra que o povo da Lituânia, independentemente de onde vive - nas grandes cidades, nas pequenas cidades ou nas aldeias - quer mudança, quer um governo completamente diferente", disse Blinkeviciute na sede do seu partido, citado pela emissora pública LRT.
A atual deputada não quis, todavia, confirmar se quer ser a primeira-ministra ou se o cargo pode ser ocupado por outro membro do seu partido.
O líder do TS-LKD, Gabrielius Landsbergis, reconheceu a derrota e manifestou a esperança de que o LSDP forme "um governo responsável".
O partido conservador presidiu a uma coligação de centro-direita durante a última legislatura, que, segundo os analistas, perdeu popularidade devido a vários escândalos políticos e a uma subida acentuada da inflação.
Uma mudança de governo na pequena república báltica, membro da União Europeia e da NATO, pode afetar a política interna, mas, em matéria de política externa, espera-se que os sociais-democratas mantenham a linha de forte apoio à Ucrânia e aumentem as despesas militares para mais de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Lituânia faz fronteira com o enclave russo de Kaliningrado a sul, e com a Bielorrússia a leste.
Na segunda volta das eleições, apenas 63 lugares estavam em disputa em círculos eleitorais onde nenhum candidato tinha obtido mais de 40% na primeira volta.
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