Marcel Ciolacu deixa liderança social-democrata após perder presidenciais
O primeiro-ministro cessante da Roménia, Marcel Ciolacu, anunciou hoje a demissão do cargo de líder do Partido Social-Democrata (PSD), após ter sido eliminado domingo na primeira volta das eleições presidenciais, a uma semana das eleições gerais.
© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images
Mundo Roménia
Favorito nas sondagens, Marcel Ciolacu ficou em terceiro lugar na primeira volta -- o que significa que ficou fora da corrida ao cargo de Chefe de Estado -, com 19,15% dos votos, atrás do ultranacionalista pró-russo Calin Georgescu, com 22,94%, e de Elena Lasconi, de centro-direita, com 19,17% dos votos, segundo os resultados finais.
Georgescu e Lasconi disputarão a Presidência da República a 08 de dezembro, na segunda e definitiva volta.
O chefe do Governo cessante afirmou que continuará à frente do partido até depois das eleições legislativas do próximo domingo, 01 de dezembro.
O PSD governa atualmente numa grande coligação com o Partido Liberal-Conservador (PNL).
Ciolacu felicitou os dois adversários que vão disputar a segunda volta e disse que o seu partido aceita o resultado, apesar de a diferença de votos em relação a Lasconi ser de apenas 0,2 pontos percentuais.
"As regras da democracia e a importância da segunda volta estão acima dos nossos interesses pessoais", declarou o líder social-democrata à comunicação social, segundo a agência Agerpress.
"Demiti-me ontem [domingo] à noite. Não me vou candidatar às próximas eleições internas do PSD", sublinhou.
Esta é a primeira vez que o PSD não consegue levar o seu candidato à segunda volta das eleições presidenciais desde a queda da ditadura comunista na Roménia, em 1989.
Ciolacu liderava o PSD desde novembro de 2019, quando a anterior presidente do partido, Viorica Dancila, se demitiu depois de perder as eleições presidenciais para o Presidente agora cessante, o conservador Klaus Iohannis.
Segundo a imprensa local, um dos favoritos para assumir a liderança do PSD é Sorin Grindeanu, atual ministro dos Transportes, que foi destituído do cargo de primeiro-ministro em 2017 por uma moção de censura dos seus próprios companheiros sociais-democratas.
Outro nome que está a ser considerado é o de Mihai Tudose, que sucedeu a Grindeanu na chefia do executivo de Bucareste.
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