JBS e outras 22 produtoras de carne multadas por compra de gado ilegal

A produtora de carnes brasileira JBS e outras 22 empresas do mesmo ramo foram multadas em 364,5 milhões de reais no Brasil por comprarem gado criado ilegalmente em terras desmatadas na Amazónia, noticiou hoje a imprensa local.

© REUTERS/Paulo Whitaker

Lusa
28/10/2024 ‧ há 2 horas por Lusa

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As multas de 364,5 milhões de reais (59 milhões de euros) foram aplicadas após ações de fiscalização realizadas na semana passada, na operação Carne Fria 2, promovida pelas autoridades brasileiras para coibir o desflorestamento na Amazónia a partir da inspeção da cadeia que produz ou comercializa ilegalmente gado procedente da Amazónia.

 

As autoridades brasileiras disseram que durante as investigações foram identificadas 69 propriedades rurais que criavam e comercializavam aproximadamente 18 mil cabeças de gado, em 26 mil hectares de áreas embargadas por desmatamento ilegal.

Além disso, a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou 23 fabricantes de carnes que adquiriram esses animais, tornando-se infratores ambientais, incluindo nessa lista a JBS.

Segundo os 'media' brasileiros, a JBS recebeu uma multa de 615,5 mil reais (99,6 mil euros), por compra de gado produzido ilegalmente no Pará.

Ao jornal Folha de S.Paulo, a JBS alegou que apresentou documentos atestando que as aquisições dos fornecedores citados pelas autoridades brasileiras estavam em conformidade com a legislação local.

Na última semana, quando a operação foi realizada, as autoridades brasileiras informaram que foram realizados 154 autos de infração, totalizando multas de 364,5 milhões de reais e a apreensão de 8.854 cabeças de gado produzidas nas áreas embargadas.

Também foram embargados três fabricantes de carnes por estarem a funcionar sem a licença ambiental ou em desacordo com a concedida.

A operação ocorreu nos municípios de Novo Progresso, Santarém, Altamira, São Félix do Xingu, Igarapé-Açú, Portel, Anapú, Pacajá, Novo Repartimento, Ipixuna, Tomé-açú e Bom Jesus do Tocantins, no Pará, e nos municípios de Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas.

As autoridades frisaram que a ação contou com apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal e integra uma das linhas de ação do Plano de Ação Para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazónia (PPCDAm), conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

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