Borrell exorta 27 a aplicar leis para erradicar violência contra mulheres
O alto-representante da União Europeia (UE) para a diplomacia classificou hoje como desprezível qualquer tipo de violência contra mulheres e exortou os 27 países do bloco a aplicarem legislação para erradicar este flagelo.
© NICOLAS TUCAT/AFP via Getty Images
Mundo UE
"Todas as formas de violência contra as mulheres são desprezíveis", disse Josep Borrell em comunicado no Dia Internacional pela Erradicação da Violência contra as Mulheres.
O alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança acrescentou que qualquer tipo de violência contra mulheres "constitui uma violação dos direitos humanos" e falhar na sua erradicação "compromete os valores" dos países do bloco comunitário.
A situação é "particularmente grave" no contexto de crises humanitárias, dada a falta de proteção de mulheres e raparigas e as violações sistemáticas dos direitos humanos, recordando os episódios recorrentes e cada vez mais comuns de violações sexuais e tráfico de pessoas.
As mulheres em todo o mundo "continuam a sofrer violência física, sexual, psicológica e económica indescritível", digital e na vida real.
Recordando que a União Europeia foi pioneira na aprovação de legislação para erradicar todo o tipo de violência contra as mulheres Josep Borrell exigiu aos Estados-membros a sua "rápida implementação".
"O nosso compromisso é o de acabar com a violência contra as mulheres em tudo o mundo. Isto é uma prioridade para a UE na sua ação externa, especialmente enquanto o maior doador humanitário", completou, recordando que esse trabalho também tem de ser feito com os países terceiros com os quais a UE tem relações e que têm números abismais de violência contra as mulheres.
Nesta luta, os 27 têm um "compromisso inabalável".
De acordo com o inquérito sobre a violência baseada no género, cerca de 50 milhões de mulheres na UE dizem ter já sofrido violência física (incluindo ameaças) ou sexual na idade adulta, com a Finlândia no topo da tabela (57,1%), seguida pela Suécia (52,5%) e a Hungria (49,1%).
Uma em três mulheres (31%) entre os 18 e os 74 anos sofreram violência física ou sexual na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar a terceira menor taxa de queixas (19,7%).
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