Embaixador de Israel na ONU confirma avanços para cessar-fogo no Líbano
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, confirmou esta segunda-feira, perante o Conselho de Segurança, que existem negociações avançadas para um cessar-fogo no Líbano, mas questionou a atitude do movimento islamita palestiniano Hezbollah para o levar a bom termo.
© Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images
Mundo Médio Oriente:
"Estamos a caminhar para um cessar-fogo no Líbano, mas, ao mesmo tempo, o Hezbollah disparou mais de 500 'rockets' contra milhões de israelitas, há apenas 24 horas. Durante o fim de semana, 500 'rockets' caíram sobre famílias, escolas e casas inocentes", denunciou o diplomata israelita.
Danon começou o seu discurso referindo-se ao sequestro e assassinato do rabino israelita Zvi Kogan nos Emirados Árabes Unidos, e prometeu que haverá vingança.
O embaixador insistiu ainda na rejeição do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Para Danon, esta decisão judicial representa "um sério enfraquecimento do sistema internacional, das suas leis, das suas normas e da sua legitimidade, muito mais do que em qualquer outro momento desde a Segunda Guerra Mundial".
A declaração do embaixador israelita surge na véspera de uma reunião do Gabinete de Segurança de Israel, que deverá discutir e dar luz verde à proposta dos EUA para um cessar-fogo com a milícia xiita Hezbollah no Líbano.
De acordo o mais recente rascunho desta proposta, fica estipulado um período de 60 dias durante o qual o Exército israelita se retirará do sul do Líbano, as forças militares do Líbano ficam colocadas na fronteira e o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah de recuar para além do rio Litani.
Entre as questões que permanecem por ajustar está a exigência de Israel de reservar o direito de agir caso o Hezbollah viole as suas obrigações ao abrigo do acordo emergente.
Israel acusa o Hezbollah de não aderir a uma resolução da ONU que pôs fim à guerra de 2006 e teme o movimento libanês possa encenar um ataque transfronteiriço ao estilo do Hamas a partir do sul do Líbano se mantiver uma presença na região.
O Líbano diz que Israel também violou a resolução de 2006 e condena os voos militares e os navios de guerra que entram em território libanês mesmo quando não há conflito ativo.
O otimismo em torno de um acordo surge depois de um enviado especial dos EUA ter mantido conversações entre as partes, na semana passada, numa tentativa de encontrar uma solução.
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