China saúda acordo alcançado com EUA para troca de prisioneiros
A China saudou hoje o acordo alcançado com os Estados Unidos para a troca de prisioneiros, embora não tenha especificado quem são os cidadãos chineses que cumpriam penas em solo norte-americano e que foram libertados.
© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images
Mundo Troca
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca anunciou na quarta-feira a libertação de Mark Swidan, Kai Li e John Leung, que se encontravam detidos na China.
Entretanto, Washington libertou três cidadãos chineses que cumpriam penas nos Estados Unidos, confirmou hoje a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.
"Após os esforços incansáveis do Governo chinês, três cidadãos chineses que tinham sido injustamente detidos pelos Estados Unidos regressaram a casa em segurança. Isto prova mais uma vez que a China nunca abandona os seus compatriotas em momento algum", afirmou Mao.
Sublinhou que Pequim "sempre se opôs à perseguição de cidadãos chineses para fins políticos" e que "como sempre, tomará as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e interesses legítimos dos seus cidadãos".
"Nesta ocasião, foi repatriado um fugitivo que se encontrava em fuga nos Estados Unidos há muitos anos. Este facto demonstra igualmente que nenhum lugar pode servir como refúgio seguro para os criminosos para sempre. O Governo chinês continuará a perseguir os fugitivos e a recuperar os bens roubados. Persegui-los-emos até ao fim", declarou Mao, que não entrou em pormenores sobre os cidadãos chineses libertados.
Mao referiu ainda que os Estados Unidos baixaram o alerta de viagem para a China do nível 3 para o 2, retirando a etiqueta de "risco de detenção injusta", o que, afirma, "reforçará os intercâmbios entre os dois países".
"Sempre nos opusemos à criação artificial de um 'efeito desencorajador' nas viagens e esperamos que a parte norte-americana continue a criar mais conveniência para promover os intercâmbios culturais entre os dois países", disse Mao.
De acordo com as autoridades norte-americanas, o Presidente Joe Biden abordou a questão dos detidos com o Presidente chinês, Xi Jinping, este mês, na sua terceira reunião bilateral em Lima, à margem da cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).
Durante o mandato de Biden, que termina em janeiro, Washington colocou a questão dos detidos norte-americanos no topo da agenda bilateral com Pequim e, em agosto, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, trabalhou com os seus homólogos chineses sobre a questão durante uma visita à China.
Swidan, um texano de 48 anos, estava no corredor da morte na China desde 2012, acusado de tráfico de droga, que os Estados Unidos alegam ser falso.
Leung, 78 anos, estava a cumprir uma pena de prisão perpétua por alegada espionagem, enquanto Li estava preso na China desde 2016.
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