Transferir armas nucleares para a Ucrânia? "Pode ser equiparado a ataque"
O ex-presidente da Rússia alertou que ameaçar transferir armas nucleares para a Ucrânia "pode ser considerada uma preparação para um conflito nuclear com a Rússia", ao passo que a "transferência real de tais armas pode ser equiparada a um ato consumado de ataque".
© Artem Priakhin/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Dmitry Medvedev
O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, alertou, na terça-feira, que transferir armas nucleares para a Ucrânia "pode ser considerado uma preparação para um conflito nuclear" com a Rússia.
A posição de Medvedev surge após o New York Times ter noticiado, na semana passada, que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, poderia fornecer armas nucleares à Ucrânia.
"Os políticos e jornalistas americanos estão a discutir seriamente as consequências da transferência de armas nucleares para Kyiv", escreveu Medvedev na plataforma Telegram.
"Transferir armas nucleares para um país que está em guerra com a maior potência nuclear?", questionou, considerando tratar-se de uma "ideia absurda".
No entanto, alertou: "A própria ameaça de transferência de armas nucleares para o regime de Kyiv pode ser considerada uma preparação para um conflito nuclear com a Rússia. A transferência real de tais armas pode ser equiparada a um ato consumado de ataque ao nosso país".
Sublinhe-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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