Médico diagnosticou-a com ataques de pânico, mas era um tumor cerebral
Jovem de 27 anos partilha a sua jornada nas redes sociais.
© Instagram jessiemaelambert
Mundo Doença
Uma jovem britânica, de apenas 27 anos, foi diagnosticada com um tumor cerebral, depois de os sintomas, inicialmente, serem descartados como ataques de pânico.
Jessie-Mae Lambert procurou ajuda médica depois de começar a sentir sensações estranhas e distúrbios visuais que o seu médico, no Reino Unido, atribuiu à ansiedade. Só depois de a mãe insistir para que fosse encaminhada e acompanhada noutro hospital é que lhe foi diagnosticado um tumor cerebral de grau 2, em abril deste ano.
"Foi em outubro do ano passado que comecei a ter episódios em que me sentia um pouco fora de controlo, mas o médico disse que eram ataques de pânico e receitou medicamentos para a ansiedade", contou, nas redes sociais, segundo cita o New York Post.
"Foi só quando aconteceu à frente da minha mãe que ela percebeu que era uma convulsão e me levou novamente ao médico de família. Inacreditavelmente, ele disse que eu precisava de decidir se eram ataques de pânico ou convulsões – embora eu só lhe tivesse descrito os sintomas", recordou, lembrando que foi "informada de que que precisava de uma ressonância magnética" e outros exames e colocada "em lista de espera".
"Ligava todos os dias (...) Mas em abril marquei uma consulta de última hora e a ressonância revelou o tumor", disse ainda.
Foi submetida a uma operação de seis horas no Queen’s Medical Center, de Nottingham, para remover o máximo possível tumor. Contudo, por se localizar numa zona muito sensível, conseguiram remover apenas 40% do tumor.
Depois disso, passou por seis semanas de sessões diárias de radioterapia e terá de ser observada, com regularidade, o resto da sua vida. Esta jornada tem sido divulgada nas redes sociais, sobretudo no TikTok, onde Jessie alerta as pessoas para confiarem no seu corpo e a insistirem numa segunda opinião.
"Tens de confiar no teu corpo e forçar e forçar. Nunca aceites um não como resposta", alertou. "De certa forma, tive sorte porque o meu tumor estava a pressionar algo que causava a epilepsia, mas poderia ter sido muito pior nos próximos anos", disse.
Já com o tratamento de radioterapia finalizado, Jessie espera voltar ao trabalho e planeia viajar até Itália para apoiar Phoebe Collier, uma maratonista que corre em seu nome e que tem arrecadado dinheiro para a investigação de tumores cerebrais. A sua última passagem foi por Portugal, onde correu a maratona do Porto.
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