NASA abre centro de pesquisa em honra de Katherine, o "computador humano"
Katherine Johnson, de 99 anos de idade, uma figura importantíssima no desenvolvimento do programa espacial norte-americano, viu a sua história ser contada em 2016 no filme 'Hidden Figures'.
© NASA
Mundo Agência Espacial
Katherine Johnson, um dos “computadores humanos” da NASA, que ajudou a fazer os cálculos que tornaram possível a missão que levou pela primeira vez um astronauta norte-americano a orbitar o planeta Terra, viu um novo centro de investigação da agência espacial ser inaugurado com o seu nome.
A contribuição de Katherine, assim como de muitas outras mulheres afro-americanas, para o programa espacial norte-americano foi levada ao grande ecrã com o filme ‘Hidden Figures’ (‘Elementos Secretos’, 2016), que conseguiu três nomeações aos Óscares do mesmo ano: Melhor Filme, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Atriz Secundária.
O filme de Theodore Melfi relata a história destas mulheres matemáticas afro-americanas, cujos cálculos ajudaram a NASA a colocar os primeiros homens no espaço. Os cálculos matemáticos necessários para planear as missões eram extremamente complexos e os computadores da altura não eram suficientemente avançados.
O preconceito e o racismo foram os dois principais obstáculos ao reconhecimento do trabalho destas mulheres.
Katherine Johnson na cerimónia de entrega dos Óscares, em 2016, com as atrizes principais do filme: Janelle Monáe, Taraji P. Henson e Octavia Spencer.© Getty Images
Katherine Coleman Goble Johnson esteve presente na inauguração do 'Katherine G. Johnson Computational Research Facility', em Hampton, Virgina. A inauguração contou com uma homenagem à matemática de 99 anos de idade. "Estamos aqui para honrar o legado de uma das pessoas mais admiradas e inspiradoras alguma vez ligadas à NASA e a pessoa que dá nome a este edifício, Katherine G. Johnson, a matemática, o computador humano", afirmou um responsável da agência especial.
Na inauguração, quando questionada sobre o facto do centro ter o seu nome, Katherine foi prática: “Quer uma resposta honesta? Acho que são malucos”, afirmou, acrescentando, num tom mais sério, que a decisão é um crédito para todos os que a ajudaram.
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