"Morrem 700 mil pessoas por ano devido à resistência aos antibióticos"
"O panorama atual relativamente ao consumo de antibióticos é muito preocupante, tanto em Portugal como no resto do mundo", alerta o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira.
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País Antibióticos
Toma antibióticos por tudo e por nada? Saiba que isso acarreta riscos. Todos os anos, morrem 700 mil pessoas devido à resistência a estes fármacos, um número que deverá atingir os 50 milhões em 2050, de acordo com um estudo publicado em 2016.
É precisamente para contrariar estes números que a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) se juntou à Reckitt Benckiser Healthcare numa campanha de sensibilização que alerta para os riscos do uso indevido de antibióticos.
‘Responsabilidade é o Melhor Remédio’ é o nome da campanha que tem como principal objetivo sensibilizar médicos, farmacêuticos e população em geral para a importância da utilização responsável do antibiótico, refere a APMGF em comunicado enviado às redações.
No âmbito desta campanha, revela, foram já distribuídos milhares de materiais informativos a alertar para a problemática nas farmácias e centros de saúde portugueses.
"O panorama atual relativamente ao consumo de antibióticos é muito preocupante, tanto em Portugal como no resto do mundo, e a verdade é que estamos a caminhar rapidamente para uma situação insustentável. A utilização excessiva destes medicamentos compromete o tratamento dos doentes, que fica limitado quando estes necessitam verdadeiramente de tomar antibióticos", explica Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.
"Sabemos, por exemplo, que 80% das dores de garganta são causadas por vírus, situações em que os antibióticos não são eficazes. Uma inflamação na garganta inclui sintomas como a dor, a vermelhidão, o inchaço e o calor, que podem durar entre 3 a 7 dias, devendo a pessoa melhorar após esse período. Este é um dos exemplos em que a utilização do antibiótico não é eficaz, um facto que grande parte da população desconhece. A mudança deve começar nos profissionais de saúde, mas uma população informada é, também, uma população mais responsável", conclui.
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