PSP e GNR destacam diálogo com tutela mas protestos mantém-se
A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) destacaram hoje o diálogo mantido com a tutela, mas vão decidir na próxima semana novas ações de luta porque as reivindicações mantêm-se.
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País PSP e GNR
No âmbito da agenda de diálogo social e ação para a legislatura, prosseguiram hoje as reuniões de negociação entre o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, e os sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR, tendo estado em cima da mesa a lei de programação das infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança.
No final da reunião no Ministério da Administração Interna (MAI), o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia considerou à agência Lusa positiva a postura de diálogo que tem sido mantida por Antero Luís, sublinhando que os polícias estão "expectantes para ver a resolução das medidas".
"Mas até à data ainda não há nada em concreto", disse Paulo Rodrigues.
Por isso, os sindicatos da PSP e a Associação dos Profissionais da Guarda vão reunir-se na próxima semana para decidir novos protestos.
"Apesar do diálogo, os protestos vão continuar", precisou.
Também o presidente da APG, César Nogueira, disse à Lusa que os protestos vão continuar, sustentando que "o essencial não está na base destas negociações" com o Governo, nomeadamente a questão salarial, além da atualização dos suplementos ter sido adiada para abril e de já existir a garantia que o subsídio de risco não vai ser criado.
Na reunião de hoje, segundo a ASPP e a APG, o secretário de Estado avançou que o MAI vai criar um sistema eletrónico para tornar público todos os procedimentos de aquisição para as forças e serviços de segurança, como infraestruturas e equipamentos
Tanto Paulo Rodrigues como César Nogueira consideram "uma boa medida" a criação desta plataforma, frisando que vai permitir um conhecimento de todo o material que é adquirido e o seu destino.
Antero Luís deu também a conhecer aos sindicatos da PSP e às associações socioprofissional da GNR que este ano vão entrar 2.500 novos elementos para as forças e serviços de segurança, tal como foi aprovado no Orçamento do Estado.
Esta reunião serviu ainda para estas estruturas darem conta à tutela das principais necessidades na PSP e na GNR no que toca a infraestruturas, viaturas e equipamentos.
Além das infraestruturas da Polícia de Segurança Pública que necessitam de intervenção, Paulo Rodrigues referiu que são necessárias mais algemas, luvas, lanternas, carreiras de tiro para formação e pistolas taser.
Por sua vez, César Nogueira destacou a necessidade de aquisição de material informático, que neste momento está "obsoleto e ultrapassado", colocando "constrangimentos aos operacionais de serviço".
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