Presidenciais? "Não sou refém de nenhum partido. Sou um homem livre"
António José Seguro desvalorizou recentes palavras de Pedro Nuno Santos.
© APROSE
Política António José Seguro
O antigo líder socialista António José Seguro afirmou, esta segunda-feira, que continua a refletir sobre uma eventual candidatura a Belém, esclarecendo, contudo, que não é "refém de nenhum partido" e um "homem livre". Ao mesmo tempo, desvalorizou as palavras do atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que classificou como um "erro" ter lançado o seu nome para as presidenciais.
Naquela que foi a estreia do seu espaço de análise e comentário na CNN Portugal, com o nome 'Liberdade', António José Seguro disse continuar na sua "reflexão" sobre uma candidatura a Belém, sem "prazo".
"Continuo na minha reflexão. Não tenho um prazo para terminar essa reflexão", afirmou.
Confrontado com outras possíveis candidaturas como a de Gouveia e Melo ou de outros nomes à esquerda, como Mário Centeno e Augusto Silva, o antigo líder do PS notou que alguns são nome falados "há algo tempo" e que é necessário "esperar".
"Este é um tempo em que há várias pessoas que estão a refletir e, quando essas pessoas entenderem, pronunciam-se", notou.
Ao mesmo tempo, deixou um recado: "O que eu posso dizer é que as candidaturas são individuais, não há candidaturas de partidos. Alguns partidos têm candidaturas partidárias, mas, numa eventual candidatura minha, sou muito claro: não sou refém de nenhum partido nem de nenhuma organização, sou um homem livre, o compromisso é com os portugueses, é com Portugal, é com as minhas ideias, é com os meus valores".
Sobre o facto de Pedro Nuno Santos ter afirmado que cometeu o "erro" de falar em nomes, depois de apontar António José Seguro como "um grande quadro do PS", num comentário sobre as presidenciais de 2026, e interrogado sobre se o secretário-geral do PS se arrependeu de ter lançado o seu nome, o antigo líder socialista remeteu a resposta para Pedro Nuno, mas desvalorizou.
"Essa é uma pergunta que tem de ser feita não a mim, mas não interpretei assim as palavras do líder do PS. Interpretei-as de uma forma muito simples e coerente com aquilo que ele tem dito: não há candidaturas de partidos, há de pessoas. O cargo é uninominal. Portanto, por vezes, os partidos pronunciam-se", disse.
E reiterou: "Uma eventual candidatura minha é um candidatura de um homem livre, com convicções, e com uma determinada perspectiva daquilo que deve ser o exercício da Presidência da República, num momento difícil da vida do país e do mundo".
De recordar que, na semana passada, António José Seguro assumiu em entrevista à TVI/CNN estar a ponderar uma candidatura a Presidente da República, referindo que "está tudo em aberto" em relação a esse cenário.
António José Seguro afirmou que, depois de o secretário-geral do PS o ter colocado entre os possíveis nomes a apoiar pelos socialistas, várias pessoas contactaram-no para o incentivar a entrar na corrida a Belém.
O antigo líder do PS ressalvou, porém, que a decisão é sua e em conversa com a sua família, e não apresentou qualquer data para anunciar essa sua eventual candidatura às eleições presidenciais de 2026.
António José Seguro liderou o PS entre 2011 e 2014, sucedendo no cargo de secretário-geral a José Sócrates.
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