Novos confinamentos? "Não vale a pena antecipar cenários radicais"
O ministro de Estado, Economia e Transição Digital, Siza Vieira, disse hoje estar convencido de que não serão necessários novos confinamentos nem "cenários radicais" como está a acontecer noutros países para conter a evolução da pandemia de covid-19.
© Lusa
País Siza Vieira
"Não vale a pena antecipar cenários", começou por dizer o ministro no final de uma reunião da Concertação Social, em Lisboa, quando questionado pelos jornalistas sobre a evolução da pandemia e a necessidade de eventuais novas medidas.
Segundo acrescentou, "do ponto de vista de saúde pública", o país está "numa situação bastante diferente" relativamente ao ano passado com uma "elevada taxa de vacinação" que protege a população portuguesa "relativamente a uma maior incidência grave da doença" e ao número de óbitos.
"Portanto, não me parece que estejamos em cenários radicais que até alguns outros países europeus com mais baixas taxas de vacinação estão a encarar", sublinhou Siza Vieira.
Ainda assim, o ministro referiu que na sexta-feira há uma reunião do Infarmed e também que é preciso ter em conta que vem aí uma "época de temperaturas baixas, propícia a convívios alargados em ambientes fechados" e um provável "aumento do número de contágios".
"Vamos ouvir as recomendações dos peritos, não estou convencido de que se esteja a contemplar nada como novos confinamentos, mas em função das recomendações, o Governo adotará as medidas", afirmou Siza Vieira.
O ministro indicou que se houver necessidade de adotar novas medidas para as empresas e trabalhadores, convocará uma "reunião de emergência" da Concertação Social.
Já a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, quando questionada sobre a possibilidade de um regresso ao teletrabalho obrigatório, remeteu a decisão para depois das recomendações dos peritos.
"Estamos a acompanhar a situação em função da evolução da pandemia e em função das recomendações dadas pelos peritos, vamos adaptando as medidas que vão sendo necessárias", disse Ana Mendes Godinho, lembrando que na sexta-feira há uma reunião do Infarmed que "será determinante" para eventuais novas medidas.
"Dependerá das recomendações dos peritos e da evolução da pandemia e o Governo fará aquilo que sempre tem feito, que é implementar as medidas em função das necessidades", acrescentou a ministra do Trabalho.
Na segunda-feira, Portugal registou 974 novos casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, oito mortes associadas à covid-19 e um ligeiro aumento de internados em enfermaria e em cuidados intensivos, indicam os dados oficiais.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado na segunda-feira, estavam internadas 470 pessoas, mais cinco do que no domingo, das quais 76 em unidades de cuidados intensivos, mais uma nas últimas 24 horas.
Desde março de 2020, morreram 18.265 pessoas e foram contabilizados 1.108.462 casos de infeção.
A covid-19 provocou pelo menos 5.098.386 mortes em todo o mundo, entre 253,17 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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