GNR participa criminalmente de Sá Pinto junto do MP de Guimarães
Em causa as declarações proferidas pelo treinador do Moreirense Futebol Clube na véspera do jogo com o Grupo Desportivo de Chaves.
© Getty Images
País Ricardo Sá Pinto
A Guarda Nacional Republicana (GNR) decidiu, esta segunda-feira, "participar criminalmente" de Ricardo Sá Pinto, treinador do Moreirense, devido a "declarações proferidas" na véspera do jogo com o Chaves.
"Considerando as declarações proferidas pelo treinador do Moreirense Futebol Clube na véspera do jogo com o Grupo Desportivo de Chaves, visando um militar da Guarda, a Guarda Nacional Republicana entendeu participar criminalmente dos factos em causa junto do Ministério Público de Guimarães", é indicado em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, onde é ainda justificado que a Guarda não reagiu "no próprio dia em razão da segurança de todos os presentes no jogo que decorreu no dia de ontem."
"Dada a gravidade do sucedido", aponta a GNR, os factos foram também "remetidos à Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto".
Na mesma nota, os militares fazem questão de explicar que, "semanalmente", são empenhados "uma média de cerca de 1.500 militares no policiamento desportivo, assumindo-se como uma das entidades de referência a nível nacional na transmissão dos valores contra a violência no desporto nacional, pelo que considera inaceitáveis as declarações em apreço".
De recordar que Ricardo Sá Pinto criticou, no sábado, a sua ausência nos dois encontros com o Desportivo de Chaves, do 'play-off' de permanência na I Liga, que ditou a descida dos minhotos ao escalão secundário oito anos depois, atribuindo culpas ao comandante Orlando Mendes.
"Este capitão é um grande mentiroso. As pessoas da vila de Moreira de Cónegos têm de se revoltar perante este capitão, que pôs em causa o sucesso deste clube. Ninguém diz nada, mas sabem o que vai acontecer? Vai ser contra tudo e contra todos", atirou o ex-internacional português, na véspera da vitória ante os flavienses (1-0), que foi escassa para anular a desvantagem (2-0) trazida da primeira mão, realizada em Trás-os-Montes.
O treinador foi sancionado com 15 dias de suspensão e uma multa de 2.805 euros, tendo em conta incidências no final do triunfo frente ao Vizela (4-1), da 34.ª e última jornada, que, aliada ao empate do Tondela com o Boavista (2-2), levou o Moreirense ao 'play-off'.
De acordo com o relatório do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que incluiu o testemunho do comandante do Destacamento Territorial de Guimarães, a punição deveu-se a "lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa".
[Notícia atualizada às 18h23]
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