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Requalificação da Almirante Reis é "obra" da CML e não de um mandato

O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que a requalificação da Avenida Almirante Reis é "uma obra e projeto" da autarquia e não de "um mandato" ou pessoas, apesar de só começar em 2027 e terminar em 2028.

Requalificação da Almirante Reis é "obra" da CML e não de um mandato
Notícias ao Minuto

26/11/24 15:12 ‧ Há 2 Horas por Lusa

País Carlos Moedas

Carlos Moedas (PSD) falava nos Paços do Concelho, em Lisboa, na apresentação do Projeto Integrado de Requalificação do Eixo da Almirante Reis, uma obra orçada em 20 milhões de euros, 13 milhões dos quais na primeira fase para o faseamento (projeto + obra).

 

"Este é um projeto que vai começar, porque há já muitas medidas mitigadoras, mas a obra estrutural começará só em 2026, a data que está ali é 27, mas eu estou a tentar fazer tudo para que pudesse ser em 2026. O importante aqui não são mandatos, nem nenhum tipo de anúncios, não é isso que estou aqui a fazer, mas é a instituição câmara municipal porque os projetos continuam", disse o autarca.

Carlos Moedas frisou que os projetos "não são feitos em um ano" e lembrou que os projetos estruturais "demoram anos para serem feitos com todos os processos necessários".

O autarca salientou que a vida de um presidente de Câmara é "construir e resolver no presente, mas também é olhar para o futuro", justificando que a isso se chama "visão da cidade.

"Carmona Rodrigues há 20 anos pensou num plano de drenagem de um túnel e sou eu, Carlos Moedas, que 20 anos depois está a realizar o sonho de um presidente da câmara de há 20 anos. As câmaras municipais funcionam assim. É por isso que quando vejo ataques políticos sobre que a obra é deste ou é daquele, [digo] a obra é da cidade. As obras são da cidade e são das pessoas, não são dos presidentes, são das pessoas", salientou.

O presidente da câmara recordou igualmente que a ciclovia da Almirante Reis foi uma questão "que bipolarizou a sociedade" e que, em vez de partidarizar o assunto, "foi necessário ouvir quem vivia na Almirante Reis, quem a usava, não só a ciclovia, mas também que a fazia de carro, a pé e de transportes públicos".

A proposta hoje apresentada foi desenvolvida depois de um processo de participação pública, que decorreu no ano passado, obtendo "cerca de 2.500 contributos", conforme explicou Carlos Moedas, salientando que foram tidos em conta e que tinham como prioridades "o aumento de áreas verdes, a melhoria da higiene urbana e a segurança na ciclovia".

Assim, o projeto para a nova Avenida Almirante Reis prevê a plantação de 370 árvores, 275 novos lugares de estacionamento e o fim do separador central.

A ciclovia vai passar para as vias laterais e toda a avenida vai ser dividida em dois troços.

Num deles, entre o Martim Moniz e a Alameda, passa de duas para três vias, sendo uma via descendente (para o sentido do Martim Moniz) e duas ascendentes (em direção ao Areeiro). A mais à direita será uma faixa BUS.

No segundo troço, entre a Alameda e a praça do Areeiro, a avenida ganha quatro vias, duas das quais exclusivas a transporte público.

Em novembro de 2022, a Câmara de Lisboa aprovou a metodologia para o desenvolvimento do Projeto Integrado de Requalificação do Eixo da Almirante Reis, prevendo um processo de participação pública para, depois, elaborar o programa de intervenção e iniciar obra em 2025.

Essa proposta surgiu quatro meses após o recuo do presidente da Câmara de Lisboa relativamente à alteração da ciclovia nesta avenida, afirmando que o tema era "demasiado relevante para jogos partidários", tendo retirado a sua proposta de solução provisória para priorizar o projeto de reperfilamento desta artéria.

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