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Fórum do Património quer propor estratégia alternativa para o setor
O presidente do Fórum do Património 2017, Vitor Cóias, movimento que reúne organizações não-governamentais, defende a criação de uma "estratégia alternativa" para a salvaguarda do património, combater a massificação do turismo e a pressão imobiliária.
© Wikimedia Commons
País Alternativa
"Queremos falar a uma só voz para defender o património cultural construído. Agora há uma dinâmica tremenda no setor do imobiliário no país, e uma pressão enorme nas zonas históricas, sobretudo de Lisboa e do Porto", segundo o responsável, contactado pela agência Lusa.
O Fórum do Património decorre na segunda-feira, na Sociedade de Geografia de Lisboa, para debater os problemas do património construído, com a participação de cerca de meia centena de organizações não-governamentais (ONG) ligadas ao setor.
O objetivo do encontro é "agregar as ONG à volta de uma visão comum e criar uma estratégia para defender o caráter único, e autêntico do património".
Além da especulação imobiliária, o presidente do Fórum fala ainda no problema da "turistificação das cidades", provocada pela "massificação do turismo".
"Não estamos contra o turismo, mas é um fenómeno que deve ser sustentável", defendeu Vitor Cóias.
Deu como exemplos negativos "o que se está a passar nas zonas históricas de Lisboa e Porto, que estão a ser assediadas pelo setor imobiliário".
"Não queremos diabolizar as empresas, mas tentar aproveitar a sua dinâmica e energias para que possam contribuir para a valorização do património, em vez da sua destruição", propôs.
Para o presidente do Fórum do Património, este "retomar de um movimento de ONG para defesa do património terá mais força falando a uma só voz, e maior influência para a proteção do setor e defesa dos interesses dos cidadãos".
Da comissão organizadora fazem parte o Grémio do Património, a Associação Portuguesa das Casas Antigas, a Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, a Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial e a Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património, sob a égide do ICOMOS, Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios.
O fórum vai ser estruturado em quatro temas principais: "Património e Identidade", "Os desafios das ONG do Património e como superá-los", "Património, Construção e Imobiliário" e "As ONG e a defesa do Património, público e privado".
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