Pedro Dias. "Acho que a pena de morte era pouco para aquilo que ele fez"
Um dos sobreviventes dos crimes de Aguiar da Beira fala pela primeira vez.
© Reprodução / TVI
País António Ferreira
António Ferreira, militar da GNR que sobreviveu a um disparo de Pedro Dias, falou pela primeira vez numa entrevista à TVI que será transmitida na íntegra no programa SOS 24.
No site, a estação de televisão divulgou partes da conversa com o GNR, onde António Ferreira recordou os momento que viveu naquela noite.
“Quando me virei para a frente, já estava ele a apontar uma arma ao Caetano, disparou. Vejo o Caetano a cair, parecia um autêntico farrapo a cai no chão. E depois virou a arma para mim (...) eu era o próximo”, pensou.
Pouco tempo depois, António sente um estalo no ouvido e “o corpo a desfalecer completamente”, altura em que caiu no chão. “Ele agarra-me nos pés, arrasta-me. Trazia o blusão, esta parte subiu toda. Senti passar no meu peito, pedras, giestas, senti tudo aqui a passar”, relembra.
Pedro Dias foi hoje condenado à pena máxima em Portugal, 25 anos de prisão, mas para o militar da GNR era preciso mais. “Acho que a pena de morte era pouco para aquilo que ele fez. O calculismo que ele teve naquele noite, remorsos nenhum, ainda por cima, passado algumas horas vai fazer compras para o Lidl, é uma pessoa que não tem sentimentos, não tem nada”, disse.
Apesar de estar a recuperar favoravelmente das lesões que teve, António Ferreira não esquece o seu colega e amigo Carlos Caetano. “O que mais lamento é não ter conseguido salvar a vida ao Caetano”, disse.
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