PCP insiste na dissolução da NATO como "exigência da defesa da paz"
O PCP insistiu hoje que "a dissolução da NATO é uma exigência da defesa da paz" e criticou a "política seguidista do Governo do PS em relação à estratégia das grandes potências imperialistas".
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Política Estratégia
Em comunicado a propósito dos 70 anos da Aliança Atlântica, que se celebram na quinta-feira, os comunistas alegam que "a estratégia agressiva do imperialismo, de que a NATO é instrumento fundamental, está a pôr em perigo a paz mundial e a ameaçar a Humanidade".
A "política seguidista" do Governo do PS e "o seu alinhamento com o reforço e alargamento da NATO, e a crescente militarização da União Europeia", merecem também a censura do PCP, que aproveita para lembrar que foi a "ditadura fascista" que colocou Portugal como membro fundador da Aliança.
"O beneplácito das grandes potências imperialistas -- de que a NATO é o principal braço armado -- foi decisivo para a longevidade da ditadura fascista em Portugal, incluindo com o seu apoio às criminosas guerras coloniais contra os povos de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. O povo português não esquece as pressões e ameaças da NATO visando condicionar a revolução libertadora do 25 de Abril", sustenta.
Para os comunistas, a participação de Portugal na NATO "foi e é um importante fator condicionante da soberania e da independência de Portugal".
"A dissolução da NATO é objetivo crucial para a afirmação da soberania nacional e para a paz mundial, com o qual o processo de desvinculação do País das suas estruturas deve estar articulado, no quadro do inalienável direito de Portugal decidir da sua saída", defendem.
"Na atual e perigosa situação internacional em que, a par de importantes expressões de resistência e luta, avançam as forças de extrema-direita, do militarismo e da guerra, a passagem dos 70 anos da NATO deve ser assinalada com o reforço da unidade na ação das forças do progresso social e da paz na luta pelo desarmamento; contra as ingerências e agressões do imperialismo, como acontece na Venezuela; pelo respeito da Carta da ONU e do Direito Internacional; pela dissolução dos blocos político-militares", lê-se no texto.
O PCP afirma que sempre "inseriu a sua luta contra a política agressiva da NATO na luta mais geral pelo desarmamento e a paz, incluindo pelo fim de todos os blocos político-militares, como a NATO e o Tratado de Varsóvia, que fora criado em 1955, seis anos depois" da Aliança Atlântica. Mas recorda que "a dissolução do Tratado de Varsóvia, em 1991, não só não foi acompanhada pela dissolução da NATO como se verificou precisamente o contrário".
"O projeto de incluir o Brasil na NATO, no momento em que sobre este país paira o perigo fascista e cresce a ameaça de uma agressão militar à Venezuela Bolivariana, é particularmente significativo da natureza desta aliança agressiva e da necessidade da sua dissolução", refere o PCP, chamando ainda a atenção para "a gravidade da articulação da NATO com a União Europeia".
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