Caso Banif e resolução "como exemplo"? "Exercício de autoflagelação"
Deputado socialista pronunciou-se sobre o caso Banif.
© Getty Images
Política Banif
"Que o caso Banif e sua resolução sejam sejam dados como exemplo perante uma audiência cheia de membros da ex-PaF só pode ser um exercício de autoflagelação", escreveu Eurico Brilhante Dias numa publicação na rede social Facebook.
Apesar de não fazer referência, note-se que estas declarações surgem após a apresentação do livro 'O Governador', onde Marques Mendes afirmou que o Ministério Público deve voltar a analisar a venda do Banif tendo em conta revelações feitas no livro sobre os dois mandatos de Carlos Costa à frente do Banco de Portugal.
"O Banco que nunca teve um plano de reestruturação aprovado (depois de muitas tentativas), em que foi identificado desde início que as condições de capitalização pública não estavam cumpridas (no fim do ano 2012, como sinalizou então o governador Carlos Costa), e onde a banca portuguesa e próprio Banco Popular (como hoje se percebe ainda melhor) não tinham condições para entrar na operação", escreveu ainda presidente do grupo parlamentar do Partido Socialista.
"Uma resolução adiada", diz ainda, referindo que "Bruxelas considerava que devia ser realizada até ao fim de 2015".
Para Brilhante Dias, "é melhor refrescar a memória". "A direita está de volta ao combate e parece não olhar a meios. E não leu o Relatório da Comissão de Inquérito que decorreu na AR (e que teve por exemplo a abstenção do CDS, para além do voto favorável do BE e do PCP)", terminou.
'O Governador' é o um testemunho de Carlos Costa, líder do Banco de Portugal entre 2010 e 2020, sobre os pontos mais marcantes dos seus dois mandatos. Com prefácio de Christine Lagarde, a presidente do Banco Central Europeu, e baseado em mais de 30 horas de conversa com Carlos Costa, Luís Rosa, jornalista do Observador, revela factos até agora desconhecidos sobre a intervenção da 'troika', o caso Banco Espírito Santo e a resolução do BANIF, entre outros temas.
O livro dá ainda a conhecer as relações tensas com o antigo primeiro-ministro José Sócrates, com o atual, António Costa, e antigo ministro das Finanças Mário Centeno bem como as guerras com o ex-banqueiro Ricardo Salgado e a família Espírito Santo.
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