Passos pede que todos adiram à pacificação de Moçambique
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, elogiou hoje a atuação de Armando Guebuza como Presidente de Moçambique, associando à sua liderança a consolidação das instituições e a pacificação do país, à qual pediu que todos adiram.
© Lusa
Política Seminário
Pedro Passos Coelho fez este elogio durante um seminário empresarial luso-moçambicano, realizado num hotel de Lisboa, com a participação de Armando Guebuza, no final de um discurso em que manifestou "expectativa" no investimento de empresas moçambicanas em Portugal.
"Creio que é justo reconhecer que muitas das bases importantes para o desenvolvimento que foi possível construir em Moçambique ficarão inapelavelmente ligadas à sua liderança do Governo moçambicano", afirmou o chefe do executivo PSD/CDS-PP, já depois de ter terminado a sua intervenção.
Dirigindo-se a Armando Guebuza, o primeiro-ministro português acrescentou: "O caminho que conseguiu imprimir com a sua liderança no sentido da consolidação das instituições, de todo um processo de pacificação do país, a que era bom que todos aderissem para que os desejos e as expectativas de todos os moçambicanos nunca saiam frustradas, mostra que teve sempre uma perceção muito concreta do papel que as lideranças e a política podem desempenhar no desenvolvimento das sociedades e dos povos".
Passos Coelho disse ser testemunha do "contributo extraordinário" de Armando Guebuza para a "parceria muito especial e estratégica" e a "grande amizade" entre Portugal e Moçambique, considerou ser de "excelência" o relacionamento entre os respetivos governos e agradeceu-lhe "por ter escolhido Portugal para esta sua última visita bilateral".
Antes, o primeiro-ministro português procurou ilustrar a "vitalidade" das relações bilaterais referindo as visitas governamentais e as cimeiras realizadas, os acordos celebrados, os valores das exportações, das importações e do investimento direto das empresas portuguesas em Moçambique e do emprego que lhe está associado.
O chefe do executivo PSD/CDS-PP mencionou também que "foi possível desbloquear instrumentos de financiamento comercial e de promoção de cooperação empresarial" no valor de 134 milhões de euros.
"Noto que o desbloqueamento dessas verbas se processou apesar da situação que foi vivida em Portugal, e que ainda atravessamos, representando, por isso, um esforço financeiro particularmente significativo e uma demonstração clara da prioridade que atribuímos às nossas relações com Moçambique", salientou.
Perante uma sala cheia, Passos Coelho concluiu: "O leque de empresas que hoje aqui marca presença revela de forma clara o caráter multissetorial e multidisciplinar das nossas relações. Revela, igualmente, que estamos atentos às oportunidades. Aguardamos com expectativa que a aposta seja nos dois sentidos e que comecem a surgir investimentos também de empresas moçambicanas em Portugal".
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