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Chega? "Vai buscar teorias meias loucas e conspirativas sobre eleições"

Catarina Martins considerou que "o voto útil é um argumento muito estafado face o que vimos há dois anos" e o que é realmente importante é que a campanha se centre "em propostas".

Chega? "Vai buscar teorias meias loucas e conspirativas sobre eleições"

A ex-líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, considerou esta segunda-feira que o apelo ao voto útil "é um argumento muito estafado" tendo em conta que o aconteceu nas últimas eleições há dois anos e que a extrema-direita tem perdido força ao longo da campanha eleitoral - e recorreu a "teorias meias loucas conspirativas sobre eleições".

"Há dois anos, provavelmente, as pessoas foram votar com medo e acabaram por ter um resultado que não era aquilo que esperavam. Desse ponto de vista é bom que as pessoas votem em quem acham que defende aquilo que lhes é importante para a sua vida", começou por dizer Catarina Martins no seu espaço de comentário no programa 'Linhas Vermelhas' na SIC Notícias.

Nesse sentido, a bloquista considerou que "o voto útil é um argumento muito estafado face o que vimos há dois anos" e o que é realmente importante é que a campanha se centre "em propostas".

"O que as pessoas têm de votar é naquilo em que acreditam. Ter uma campanha sobre temas é importantíssimo, porque isso define o voto. Claro que as pessoas pensam sempre nos riscos que correm se ganhar quem não quiserem - e nesta campanha há o risco da extrema-direita", considerou Catarina Martins, acrescentando que, na sua opinião, "a extrema-direita foi perdendo gás ao longo da campanha, agora está bastante aflita, vai buscar aquelas teorias meias loucas e conspirativas sobre eleições que Trump e Bolsonaro também usaram... Há ali todo um desespero".

Os últimos cinco dias de campanha eleitoral arrancaram esta segunda-feira. Para esta "reta final", a ex-líder do BE argumentou que é importante focar "no que vai ser o dia seguinte, que propostas estão em cima da mesa para construir maiorias que respondam aos problemas do país" e apelou, tal como Mariana Mortágua, ao "voto por convicção" nos projetos em que cada um acredita para o futuro do país.

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