Segurança da Apple em risco? Executivo veio a Lisboa com um aviso
O vice-presidente sénior de Engenharia de Software da Apple, Craig Federighi, foi um dos destaques nas conferências do segundo dia do evento.
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Tech Web Summit
O vice-presidente sénior de Engenharia de Software da Apple, Craig Federighi, foi um dos destaques nas conferências do segundo dia do evento.
Uma das últimas (e mais aguardadas) conferências deste segundo dia da Web Summit teve lugar ao final do dia, na Altice Arena. O único participante foi Craig Federighi, vice-presidente sénior de Engenharia de Software da Apple, um executivo que já se tornou conhecido entre os seguidores da tecnológica devido às (frequentes) presenças nas apresentações de produtos.
Federighi marcou presença na Web Summit para falar sobre privacidade e o que a Apple tem feito para melhorar a segurança dos utilizadores. Este é um tema em que a Apple se tem focado nos últimos anos, procurando garantir que os utilizadores de iPhones, relógios Apple Watch e computadores Mac se sentem seguros.
“É bom estar aqui na Europa, onde tantas pessoas adotaram os nossos princípios e ideais com a privacidade”, comentou Federighi, notando que “a luta por privacidade nos EUA às vezes é um pouco solitária”.
Sobre privacidade, o executivo notou que este tema é especialmente importante para a Apple. “Comprar uma casa é como comprar um telemóvel. Queres ter algo que te ajude a guardar e a manter seguro aquilo que te é querido”, comparou Federighi, lembrando que foi com esse intuito que a Apple criou produtos como o iPhone ou o Mac e sistemas operativos como o iOS e o macOS.
Federighi recordou ainda a intenção do cofundador e ex-CEO da Apple, Steve Jobs, que pretendia criar um sistema suficientemente aberto para os utilizadores mas suficientemente protegido para atender aos desejos dos developers.
Foi por esse motivo que a Apple implementou múltiplas camadas de proteções nos seus produtos, as quais vão desde os componentes (criados desde o início com este foco) e passando pela loja virtual App Store (e na curadoria da plataforma).
“Não há proteções 100% seguras, mas pelo menos temos conseguido estar à frente de pessoas mal intencionadas”, notou Federighi, afirmando que há 5 milhões de ataques por mês a equipamentos Android. “Nunca houve este nível de ataques por ‘malware’ aos sistemas da Apple”, afirmou o exeutivo.
A presença de Federighi na Web Summit ficou a dever-se à intenção de alguns legisladores dos EUA estarem a considerar obrigar a Apple a abrir os seus dispositivos a outras lojas virtuais. Para o executivo, isto fará com que os iPhones, Macs e relógios Apple Watch estejam mais vulneráveis a ataques externos, notando que não haverá a App Store para agir como ‘curador’.
“Em vez de criar uma escolha [entre lojas virtuais], esta decisão irá colocar em risco a segurança dos vossos dispositivos”, afirmou Federighi. O engenheiro avisou ainda que uma tática popular entre ‘hackers’ é imitar lojas oficiais de aplicações, algo que pode acontecer caso a Apple seja obrigada a ‘abrir’ o seu ecossistema a outras lojas.
“Penso que é melhor deixarmos os nossos utilizadores escolher, entre um iPhone que oferece segurança e outras plataformas onde tenham a capacidade de descarregar apps a partir de outras lojas”, afirmou o executivo da Apple.
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