Ministros querem Europa com capacidade de acesso autónomo ao espaço
Os ministros que participaram hoje na cimeira da Agência Espacial Europeia concordaram com a sua proposta para garantir a autonomia e o acesso ao espaço, que inclui foguetões concorrenciais e veículos capazes de ir e regressar da estação espacial.
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O encontro ocorre quando o acesso e a exploração espacial mudaram de forma radical, como assinalaram.
"Hoje é um dia muito satisfatório para o espaço e estas decisões têm grandes consequências ara o futuro", resumiu, durante uma conferência de imprensa, o diretor-geral da ESA, Josef Aschbacher.
O espaço é hoje muito mais do que ciência espacial e exploração robótica e humana. Converteu-se em algo estratégico para a prosperidade de qualquer nação: "A política espacial é política climática, industrial e de segurança, é uma ferramenta crucial para enfrentar os desafios mundiais".
Aschbacher chegou a esta reunião com três assuntos principais: alterações climáticas e sustentabilidade, futuro da exploração espacial e os novos lançadores, o ponto mais crítico do debate.
O setor do transporte espacial está a mudar a um ritmo acelerado em todo o mundo.
Enquanto os EUA, a China e a Federação Russa já têm capacidade para lançar seres humanos para o espaço, a Índia deve juntar-se em breve, apontam na ESA.
A SpaceX, coo o governo dos EUA como principal cimente para o transporte de pessoas e carga, de e para a Estação Espacial Internacional, consolidou-se como líder do mercado do transporte espacial comercial.
A ESA admite que o avesso independente da Europa ao espaço encontra-se a viver "uma crise temporal".
Depois da suspensão da cooperação entre a ESA e a agência russa Roscosmos, devido à invasão russa da Ucrânia, a Europa deixou se poder usar os foguetões russos Soyuz.
Para mais, em dezembro de 2022 perdeu-se um exemplar da nova versão do foguetão europeu Vega (Vega C), com dois satélites, e o lançamento do Ariane 6 acumula sucessivos atrasos.
Isto levou a que a ESA recorresse a lançadores da SpaceX para as missões Euclid y Hera. Apesar de a agência garantir que o Vega C e o Ariane vão garantir o avesso europeu ao espaço, os Estados que a integram decidiram procurar novas soluções concorrenciais no contexto de um mercado que mudou totalmente.
Em concreto, entenderam que a Europa deve manter a capacidade técnica e industrial de um acesso permanente ao espaço e recuperar a sua posição comercial.
Se bem que os grandes foguetões Ariane 6 e Vega C continuarão a ser prioritários e a servir para grandes missões científicas e estratégicas europeias, o desafio agora é o de uma próxima geração de foguetões mais concorrencial, com redução dos gastos públicos e o estímulo de um novo mercado para os empresários espaciais europeus.
O papel futuro da ESA é concebido como o de um facilitador de atividades e serviços espaciais comerciais.
No respeitante à exploração espacial, Aschbacher propôs um concurso entre empresas europeias inovadoras para conseguir um veículo de carga, de ida e volta à Estação Espacial Internacional, até 2028.
Isto exige capacidades de transporte, encostar na Estação e reentrada, algo que a Europa não tem.
Já existe financiamento público para a fase inicial, que vai ser acrescido de financiamento privado.
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