OCDE pretende reduzir fosso digital entre os mais e os menos informados
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) pede aos seus membros para aplicarem medidas para evitar o fosso digital entre os segmentos mais e menos informados da população, e também para conter as utilizações negativas da tecnologia.
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Tech Desinformação
Num relatório sobre o estado da economia digital publicado hoje, a OCDE alerta para os efeitos negativos da tecnologia, como o 'bullying digital' ou a utilização inadequada da realidade virtual (RV).
O documento sublinha que, na última década, o setor tecnológico cresceu a um ritmo três vezes superior ao da economia global dos países membros da organização.
Em 2020, no auge da pandemia, o setor tecnológico cresceu 6,6% em média na OCDE, apesar de o impacto do coronavírus ter significado uma contração económica média de 4,8%.
E, em 2023, o setor tecnológico cresceu 7,6% em média na OCDE.
No entanto, a organização apela aos seus membros para que tomem medidas para evitar os efeitos negativos deste forte desenvolvimento tecnológico, começando por garantir o acesso a toda a população.
Para tal, apela às autoridades para que forneçam serviços em linha inclusivos e centrados no utilizador, e também para que invistam no desenvolvimento das competências digitais dos cidadãos, com um apoio específico aos que "correm maior risco de ficar para trás".
O documento alerta, em particular, para o 'bullying digital' e outros problemas pessoais decorrentes da utilização da tecnologia.
O documento refere que os jovens que enfrentam dificuldades na sua vida quotidiana devido à utilização das redes sociais aumentaram 49% desde 2017, tendo as raparigas registado um aumento de duas vezes em relação aos rapazes.
"O 'bullying digital' está a tornar-se cada vez mais comum entre os jovens, com as raparigas a registarem taxas mais elevadas, em média, do que os rapazes. A vitimização por 'bullying digital' cresceu 16% entre 2017 e 2022", acrescenta o documento.
Além disso, a OCDE alerta para o impacto negativo do uso inadequado da realidade virtual entre crianças ou em determinadas situações, como em veículos em movimento, para garantir a segurança mental e física dos utilizadores.
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