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"Sempre soube o quão instável é esta vida. Nunca sonhei alto demais"

Muito feliz e prestes a casar, a atriz esteve à conversa com o Fama ao Minuto e recordou todo o seu percurso profissional e pessoal, uma vida que nem sempre foi fácil.

Sara Norte -

Notícias ao Minuto

05/07/17 por Marina Gonçalves

Fama Sara Norte

Sara Norte vive agora uma nova fase da sua vida. Aos 32 anos, a atriz está apaixonada por Vasco Cruz, com quem está prestes a dar o nó.

Apesar de todos os altos e baixos, está agora empenhada a 100% no mundo da representação e sonha um dia poder consolidar a sua carreira com muito trabalho e por muitos anos.

Entre outros projetos, participou recentemente no filme ‘Fátima’, de João Canijo, e espera que as propostas não parem.

Apesar da dor da perda da mãe, Carla Lupi, que morreu em 2012, mantém uma boa relação com o pai, Vítor Norte, e conta sempre com o seu apoio.

De coração aberto, Sara Norte falou sobre o seu percurso profissional e pessoal, os desafios e as alegrias, numa conversa íntima com o Fama ao Minuto, partilhando ainda os seus sonhos para o futuro.

Recuando aos 12 anos, quando participou na famosa série ‘Médico de Família’, como foi fazer parte deste projeto? 

Para mim foi ótimo. Enquanto as outras crianças brincavam com bonecos, eu não. Na altura não havia quase câmaras e o meu pai foi à China fazer um filme e trouxe uma câmara de filmar, então as minhas brincadeiras eram sempre com câmaras. Depois aos quatro anos fui descoberta pela Patrícia Vasconcelos e comecei a fazer publicidade, antes do ‘Médico de Família’. Comecei a fazer cinema, havia antigamente muitos filmes lusofranceses, e eu fazia muitos papéis. Tanto que aos 4/5 anos já sabia ler. E aos 12 comecei no ‘Médico de Família’ e foi um 'boom' porque toda a gente me conhecia na rua. Não ia à escola, praticamente só lá ia fazer os testes. Na altura não havia tanta regulamentação ao nível do trabalho infantil, hoje em dia há mais esse cuidado. Mas foi muito bom, não me arrependo.

Mas foi difícil fazer essa articulação, entre a gravação da série e a escola?

Consegui sempre. Para mim sempre foi uma prioridade até porque isso foi-me imposto pelos meus pais. Eles sempre me disseram que se eu chumbasse algum ano, acabava-se a televisão e, como eu queria tanto, fazia um esforço. Guardava sempre parte do meu horário para estudar a matéria da escola, não ia às aulas mas tinha a matéria toda e estudava.

Sente que o facto de os seus pais serem atores influenciou-a a seguir este caminho?

Sim, tive a possibilidade de conhecer o mundo. Lembro-me de ser pequenina e fazer o genérico da ‘Rua Sésamo’, qual era o miúdo que não queria tê-lo feito. Tive a oportunidade de ver como eram os bastidores e não ver só em casa. Facilitou-me nesse sentido. Agora o facto de ter decidido ser atriz foi uma escolha minha porque conheço filhos de atores que não ligam e, aliás, nem gostam da representação. Eu quando fui fazer o casting do ‘Médico de Família’ nem sequer sabiam que eu era filha do ator Vítor Norte porque fui com um nome falso, Sara Abril.

Tive sempre consciência do quão instável é esta vida e nunca sonhei mais alto do que o que podia, ou deviaPediu algum conselho aos seus pais quando começou a representar?

Não pedi porque os meus pais sempre me deram os conselhos antes de eu pedir. Aliás, acho que o facto de os meus pais serem do meio ajudou bastante porque podia ter ficado iludida, e isso não aconteceu. Sempre tive os pés assentes na terra. Sempre vi anos em que o meu pai tinha muito trabalho e outros em que não tinha. Tive sempre consciência do quão instável é esta vida e nunca sonhei mais alto do que o que podia, ou devia.

Aos 19 anos decidiu afastar-se da ribalta. O que a fez tomar essa decisão?

O divórcio dos meus pais... Foi realmente uma exposição muito mediática. Saía à rua e todas as revistas falavam disso. Um divórcio é muito complicado, muito mais quando toda a gente fala disso na rua e opina, sem saberem de nada. Para mim foi muito complicado e eu, que nunca parei os meus estudos, decidi ir para Direito.

Já se tinha sido escrito tudo sobre mim, já não dava para voltar a ser escritoVoltou a representar cerca de dez anos depois. O que a fez voltar ao mundo da representação?

Estive bastante tempo afastada da televisão, desde os 19 anos até aos 28/29. Quando estive parada, nas minhas 'férias paradisíacas' como eu costumo dizer, tinha o meu grupo de teatro e tive um tempo, antes de voltar, para pensar na minha vida e decidi que era hora de lutar pelos meus sonhos. Já se tinha sido escrito tudo sobre mim, já não dava para voltar a ser escrito.

Um ator é sempre um ator quer esteja um, dois, dez anos paradoNessa altura sentiu que o mundo artístico fazia parte de si, que é a sua vida?

Sempre foi. Um ator é sempre um ator quer esteja um, dois, dez anos parado. Sou atriz e sempre fui e não era o facto de ter estado dez anos parada [que deixava de ser]. Sempre foi aquilo que eu amei. Os cursos que eu tirei, mas que não estão completos, estive em Direito e depois em Comunicação Social, era só mesmo para ter um diploma e para ter mais uma arma a nível económico e para ter mais estabilidade. A mim sempre me assustou a instabilidade. Gosto das coisas muito certinhas. Sou muito liberal em muitas coisas, mas noutras não.

Na rua, costuma ser abordada pelas pessoas que reconhecem o seu trabalho? O que lhe costumam dizer?

Sim, muito. É giro porque as pessoas conhecem-me desde muito pequena e ainda sou muito identificada por causa do 'Médico de Família', e agora por causa também do filme 'Fátima'. É giro porque como também sou filha de um ator, as pessoas muita das vezes conhecem-nos pelas personagens, mas a mim não, é pelo nome. Sabem perfeitamente que eu sou a Sara Norte e são muito carinhosas. Tenho muita sorte porque as pessoas normalmente vêm ter comigo e dão-me as mãos, tocam-me, e eu gosto. As pessoas perdem um bocadinho do tempo delas para vir ter comigo e acho que tenho que ter o maior respeito por isso.

É uma pessoa religiosa?

Sou católica, batizada, tenho a primeira comunhão, mas não sou praticante. Acredito que há algo. E este Papa tem vindo a mudar bastantes coisas porque eu sentia uma distância entre mim e a Igreja porque sou a favor do casamento entre homossexuais, acho que o sexo não tem de ser só para procriação. Somos humanos, temos de ter prazer. Mas acho que este Papa me tem vindo a fazer acreditar mais na Igreja e na mudança.

Como foi participar num filme que assinala o centenário das Aparições de Fátima?

O filme não é nada religioso, pelo contrário. É sobre a fé daquelas mulheres e aquilo por que elas passam para alcançarem o divino. Não é nada católico. Para mim foi especial porque o nome da minha personagem é o nome da minha mãe, o João Canijo deixou-nos escolher os nomes das nossas personagens e eu escolhi o nome da minha mãe.

E porquê?

Porque é uma homenagem que lhe quis fazer. Quando o João me convidou para este filme eu estava desempregada há um ano. Tinha saído d' 'A Quinta' há pouco tempo e estava realmente desmotivada, descrente deste meio. Quando o João me convidou, tive logo a noção de que ia ser uma oportunidade única, pelo elenco, pelo realizador e pela história. Tinha a noção de que ia mudar a minha vida. Para mim foi muito importante.

Em cinco meses, sinto que ganhei um novo fôlego e um novo gosto pela vida

O que aprendeu neste projeto?

Muita coisa. Tive a sorte de trabalhar com pessoas como a Anabela Moreira, a Rita Blanco... Hoje em dia, apesar de não estar com elas todos os dias, posso considerá-las [minhas amigas]. Também as grandes amizades acho que são assim, não precisamos de estar com as pessoas todos os dias, mas quando estamos é sempre especial. E quando se passa alguma coisa especial na minha vida faço questão de lhes dizer e elas também. Foram pessoas que não me ensinaram só coisas profissionais. Em cinco meses, sinto que ganhei um novo fôlego e um novo gosto pela vida, especialmente pelo mundo do cinema e da representação. Tive a oportunidade de privar com elas e de as ver fazer e ficar outra vez encantada.

Sentiu alguma dificuldade?

Eu não era peregrina. Não tive de caminhar, mas tive de aprender a conduzir uma carrinha que era enorme, com um atrelado. Havia momentos em que as tinha dentro da carrinha e tinha mesmo de saber andar com ela.

A dificuldade era o estar longe da minha família. Acho que aqueles meses de estágio, os três meses em que estivemos na aldeia, se calhar, a minha maior dificuldade foi aí, porque fui a última do grupo a chegar. O guião fomos nós todas que escrevemos entre nós e a maior dificuldade foi entrar nesse guião, nesse diálogo, porque estava muito acanhada ao princípio. Lembro-me de que as primeiras duas semanas eu estava muito envergonhada e a tentar perceber o que é que se queria e não se queria. Mas depois as outras atrizes deixaram-me à vontade e o João também.

Como é que descreve a sua personagem?

A Carla é muito revoltada com a vida. A história no filme não se percebe tanto. Vai haver a série em outubro em que se vai perceber realmente a história de cada personagem e o porquê de cada personagem estar lá. Mas a minha Carla é uma rapariga bastante revoltada. Está na peregrinação por obrigação, porque a avó é quem organiza e ela vai para conduzir a carrinha, que trata dos acampamentos. Não gosta de igrejas, está sempre a queixar-se. Dá-se mal com a avó porque há coisas do passado que na série vão ser relevadas. Não é de Trás-dos-Montes, até porque não tem sotaque. A minha personagem é de Coimbra e vai viver com a avó porque houve uma situação limite e ela acolhe-a. Mas depois, a meio do filme, há uma transição. Não me torno crente, porque isso seria um milagre, mas começo a respeitar a dor daquelas mulheres. Respeito a fé delas.

Se tivesse de escolher, preferia televisão, cinema ou teatro?

Não iria escolher nada, tem de se fazer tudo com o mesmo gosto. As pessoas tratam às vezes as novelas como sendo um produto de qualidade inferior, mas não é. Nós como profissionais temos de arranjar cada projeto com a mesma força e com a mesma vontade. Gosto das três coisas. Em cinema tive a oportunidade de fazer agora dois filmes seguidos, quase. A televisão dá para ganhar estaleca e acho que se consegue fazer coisas giras em televisão. Teatro, gostava muito de voltar a fazer. Já não faço desde os 18 anos. Fiz uma peça com a minha mãe e gostava muito de voltar a fazer.

Já disse várias vezes que gostava de contracenar com o seu pai. Porquê?

Porque a química de sangue é incomparável. Claro que há aquelas pessoas que se dão muito bem a contracenar e tudo, mas acho ia aprender bastante. E é giro porque eu ouço muitas histórias do meu pai e as pessoas gostam muito de trabalhar com ele. Dizem que ele está sempre a contar histórias e pessoas que trabalharam comigo no filme 'Fátima' e que o conhecem dizem que eu sou bastante parecida com ele, porque eu também estou sempre a contar histórias. Gostava de trabalhar com ele primeiro porque é meu pai e, apesar de tentar estar com ele todas as semanas mesmo não morando perto, era muito bom estar com ele todos os dias. E ia aprender muito porque acho que ele tem muito para me ensinar, mesmo.

Durante muito tempo culpei muitas pessoas por algo que se calhar a culpa era minha. Eu é que afastei toda a genteComo é a sua relação com ele atualmente?

É muito boa. Cresci muito. Durante muito tempo culpei muitas pessoas por algo que se calhar a culpa era minha. Eu é que afastei toda a gente, não foram as pessoas que se afastaram sozinhas. Hoje em dia dou-me muito bem com ele e percebi que a bem ou mal a família são os que estão sempre connosco. O meu pai apoia-me em tudo, em todas as minhas escolhas e fica orgulhoso com todas as coisas que eu tenho conquistado pouco a pouco. Estamos juntos quase todas as semanas, falamos quase todos os dias ao telefone e ele está muito feliz por esta minha nova fase.

Quais as melhores recordações da infância?

Lembro-me de ser miúda e de o meu pai me levar às corridas de karts. Lembro-me de ir para os bastidores da ‘Rua Sésamo’ e para os bastidores das peças de teatro. Fui muito feliz na infância. Lembro-me de todos os fins de semana ir com o meu avô a um museu diferente. De visitar a Madeira... Sempre que o meu pai ia fazer um filme, nós íamos 15 dias de férias para o sítio onde o meu pai estava, portanto, viajei sempre muito. Tenho memórias boas, muito boas com o meu avô, ele foi realmente bom com a minha mãe. Com o meu irmão pequenino...

Qual foi o pior momento da sua vida?

A morte da minha mãe. Apesar de ter vivido coisas conturbadas, esse foi mesmo o pior momento.

Hoje sente falta do apoio da sua mãe, dos conselhos?

Sim, porque cada vitória que eu tenha ou conquista, cada coisa que eu faça, sinto sempre a falta de lhe ligar. Ela era a pessoa que antigamente eu ligava logo que aconteciam as coisas. Sinto falta do cheiro, de tudo. Mas também tenho a noção de que ela estava a sofrer muito.

Quais os maiores conselhos que permanecem?

A minha mãe sempre me disse para eu ser humilde em relação a tudo na vida. Para não tratar pessoas de forma diferente, toda a gente por igual. Para não deixar que me tratassem abaixo de ninguém, para lutar sempre pelos meus sonhos e nunca desistir.

Agora está numa fase radiante da sua vida. Muito apaixonada... Como e que conheceu o Vasco?

Conheci-o no 'Fátima'. Estivemos três meses em estágio e dois meses em filmagens, e o Vasco fazia parte da produção. Foi tudo muito rápido. Eu apaixonei-me passado um mês. Começámos a falar e aconteceu. Apaixonámo-nos, chegámos a Lisboa e praticamente começamos logo a viver juntos. A princípio foi complicado porque uma coisa é namorar em quartos de hotéis outra coisa é viver juntos. Mas estou muito feliz. O Vasco fez-me muito bem. Ele é muito calmo, era o oposto de mim, mas agora ganhou coisas minhas e eu dele.

O que mais despertou a sua atenção, nele?

Acho que foi primeiro a discrição e o respeito. Mesmo a trabalhar, ele respeita muito as pessoas e é muito meticuloso, cuidadoso, e infelizmente isso é cada vez mais raro no nosso meio. Depois foi o poder ser eu à vontade. Agora já não tanto mas, às vezes, havia pessoas que tinham 'medo' de se aproximar de mim e o Vasco dizia sempre às pessoas que queria conhecer a real Sara e quis conhecer logo coisas sobre mim... Mas o que me aproximou mais do Vasco é que ele é realmente dedicado a 100%. Entre os dois não há receios de mostrar o amor. Faz-me feliz, está sempre preocupado comigo e eu sou muito carente e também preciso de uma pessoa que seja assim.

Está noiva... Como e quando é que surgiu o pedido de casamento?

O Vasco fez-me imensos pedidos, tanto que eu pensava: 'Bem vamos falar nisto daqui a cinco anos...'. Mas não, foi dele até que surgiu mais a ‘pressão’ de nos casarmos. Devemos casar em setembro. Tivemos de adiar porque a seguir a acabar a novela o Vasco já tem outro trabalho e nós queremos casar e ter uns dias para nós, não sei se vamos para fora ou não. Estou muito contente.

Há alguns pormenores sobre o grande dia que possa partilhar connosco?

Vai ser pelo registo. Neste momento não vamos estar a gastar dinheiro em festas, não podemos. Tanto que eu não tenho anel de noivado. O Vasco diz que agora vai arranjar o anel, mas eu não ligo muito a essas coisas. Como diz o ditado: ‘Vão se os anéis, ficam os dedos’. Eu não ligo muito ao material. Vai ser uma cerimónia pelo registo, daí que eu não tenha uma data marcada. Vou ter de falar com o meu pai porque não quero que ele esteja a trabalhar na altura que é para poder ir, e os pais dele também. Vai ser uma coisa muito simples, no Marquês, na conservatória, e depois faço um almoço ou um jantar com a minha família e com os meus amigos.

Vai ser só com as pessoas mais próximas?

Sim. Acho que depois, mais tarde, quando tiver um filho... eu batizei-me no dia em que os meus pais se casaram pela igreja, e acho que é giro fazer isso. Depois já com um filho, juntar a família toda e fazer uma festa pela igreja. Mas mais tarde. Queremos fazer as coisas com tempo. Neste momento temos a prioridade que é a nossa casa e todo o dinheirinho extra que há é para comprar coisinhas para ela e para vivermos, nos conhecermos e viajarmos.

Ter filhos é um desejo que já mostrou várias vezes. Este é um plano a curto prazo?

Não. Talvez daqui a um aninho, logo se vê. Agora quero aproveitar esta mudança na minha vida. Mas quero muito ser mãe, ter a minha família e fazer o Natal em minha casa.

Vivi numa redoma e depois quando ela se partiu acabei por querer viver tudoQue tipo de mãe vai procurar ser?

Acho que o maior defeito que eu vou ter vai ser o de 'mãe galinha'. Foi uma coisa que eu sempre critiquei na minha mãe e acho que tenho tendência em ser. Mas como mãe espero dar ao meus filhos todas as oportunidades. Para eles escolherem aquilo que querem na vida e espero conseguir. Espero ser uma mãe que não cai no erro de os fazer viver numa redoma, que foi um bocadinho o que me aconteceu. Vivi numa redoma e depois quando ela se partiu acabei por querer viver tudo. Tem de se tentar dar pouco a pouco a tal liberdade.

Gostava que os seus filhos seguissem o mundo da representação?

Se tiver um filho vou querer que ele faça aquilo que ele quiser. Não vou estar a reprimir ninguém porque nem seria lógico fazê-lo. Se querem ser atores então vão tirar um curso. A educação e a formação são realmente importantes. Assusta-me um bocadinho porque este meio é muito instável, mas se ele ou eles quiserem, terei de apoiar.

Quais os projetos em vista?

Acabei um filme do Hugo Albuquerque, 'De Repente, a Vida ', que é uma comédia, muito diferente do 'Fátima'. A minha personagem é muito engraçada, é a Valentina, completamente louca. E agora é esperar, estou positiva.

Há vários atores portugueses que expandiram a carreira e estão com projetos no Brasil e em outros países. Gostava de representar fora de Portugal?

Sim. Tudo aquilo que seja para evoluirmos enquanto profissionais é bom e o ir para fora, estar longe, custa mas eu saí de casa muito cedo, aos 17 anos. Sempre tive um bocadinho a minha casa, a minha vida, e porque não? Acho que a minha família seria a primeira a apoiar-me. Acho que se for para melhor e para experienciar coisas novas e conhecer pessoas... Gosto imenso de viajar.

Está aberta a todos os desafios ou há alguma coisa que não estaria disposta a fazer?

Não sei, claro que tem de se ler os guiões e ler as sinopses, mas não. Acho que não havia qualquer limitação.

Quais os sonhos que faltam realizar?

Casar, ter filhos, ter a minha família. A nível profissional é consolidar uma carreira e um dia poder ter uma carreira de 40 anos, cheia de trabalho. Não ligo muito a grandes casas e carros, ao material, porque isso também vai e vem muito rápido. Prefiro ter uma família, as minhas coisas, o Natal em minha casa com a minha família inteira, com a do Vasco e já com os nossos filhos. Esses são os meus maiores sonhos.

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