Trabalhadores da EGEAC reclamam aumento salarial em abaixo-assinado
Os trabalhadores da EGEAC -- Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa subscreveram um abaixo-assinado a exigir um aumento de 150 euros, indicou hoje o sindicato, acrescentando que a empresa ainda não fechou a porta às negociações.
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Cultura EGEAC
Segundo adiantou à Lusa, Nuno Almeida, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), o abaixo-assinado, entregue na quarta-feira ao Conselho de Administração da EGEAC, prende-se com a questão da "negociação dos aumentos salariais e sua atualização de 2024".
De acordo com o sindicalista, os trabalhadores fizeram uma proposta de atualização salarial de 150 euros "ainda no final do ano passado", mas o Conselho de Administração da EGEAC "tomou a iniciativa, não fechado o processo negocial, de atualizar os salários dos trabalhadores na mesma medida que os trabalhadores da administração pública".
"Este abaixo-assinado demonstra a vontade dos trabalhadores em reafirmar a sua reivindicação e de transmitir ao Conselho de Administração (CA) que não estão contentes com a tomada de posição dos últimos anos, dos vários CA", adiantou.
Segundo Nuno Almeida, não é só este CA que tem tomado a iniciativa de aumentar os trabalhadores de acordo com a Função Pública, "ao arrepio daquilo que está consagrado na contratação coletiva, neste caso, no Acordo de Empresa que esta empresa tem com este sindicato".
Para o sindicalista, está expresso em Acordo de Empresa que "devem haver negociações entre o Conselho de Administração e o sindicato para a revisão anual dos salários".
No entanto, nos últimos anos, os vários conselhos de administração não estão a cumprir e aplicam a atualização da Função Pública, disse.
Segundo Nuno Almeida, o valor de 150 euros de aumento foi a "reivindicação mais justa" que os trabalhadores consideraram para todos e para apresentarem ao Conselho de Administração, lembrando que, ainda em fase de plenários no ano passado, estes trabalhadores "deixaram cair a parte dos 15% de aumento, mas achavam que, pelo menos, 150 euros a todos os trabalhadores era o mais justo".
Afirmando que o CA não fechou ainda "a porta" e não deu "resposta a esta reivindicação", o sindicalista considerou que "os 52 euros de aumento, ou 3%, que foram aplicados aos trabalhadores da administração pública e desta empresa estão claramente longe do objetivo dos trabalhadores perante o quadro de aumento do custo de vida que tiveram nestes últimos anos e continuam a ter".
Nuno Almeida adiantou ainda que vai ser formalizado um pedido de reunião ao Conselho de Administração da empresa "para continuar as negociações em relação à atualização dos salários, "ficando perspetivada que se pudesse realizar na primeira semana de julho", tendo em conta as festas da cidade que se aproximam.
O abaixo-assinado foi subscrito por 260 trabalhadores da EGEAG de um universo de cerca de 450, de acordo com o sindicalista.
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