Banco Mundial apoia Moçambique após ciclone com 139 milhões de euros
O Banco Mundial anunciou hoje um financiamento de 150 milhões de dólares (139 milhões de euros) para Moçambique recuperar dos estragos provocados pelo ciclone Freddy.
© Twitter/ AlexanderMZ
Economia Ciclone
"Este valor visa apoiar a rápida restauração das infraestruturas de transporte, bem como a prestação de serviços de educação, saúde, energia, abastecimento de água e saneamento", além da retoma de atividade agrícola, detalhou em comunicado.
O financiamento responde "a um pedido de apoio do Ministério da Economia e Finanças para fazer face à emergência que afetou mais de 1,1 milhões de pessoas" e é concedido "sob a Componente de Contingência de Resposta a Emergências" do Banco Mundial.
Dos 150 milhões de dólares, 100 milhões (93 milhões de euros) são atribuídos em forma de subvenções e 50 milhões de dólares (46,5 milhões de euros) como crédito bonificado.
As maiores fatias são 51 milhões de dólares para transportes, 19 milhões de dólares (17,6 milhões de euros) para agricultura e 26 milhões de dólares (24 milhões de euros) para abastecimento de água e saneamento.
Estes fundos são extraídos de projetos existentes do Banco Mundial em Moçambique e complementam a subvenção adicional de 300 milhões de dólares (279 milhões de euros) aprovada em abril.
"Ambas as subvenções seguem a Estimativa Global de Danos Pós-Desastre do banco que avaliou os danos do ciclone em 1,5 mil milhões de dólares (1,4 milhões de euros)", lê-se no documento.
O Banco Mundial tem apoiado Moçambique na resposta aos choques climáticos desde 2019, incluindo no arranque do primeiro seguro de risco soberano para proteção contra ciclones e chuva.
"A nossa prioridade é apoiar o governo a responder rapidamente a esta emergência e garantir que as pessoas afetadas possam recuperar o mais rapidamente possível", referiu Xavier Chavana, especialista em gestão de risco de desastres do Banco Mundial em Moçambique, citado na nota.
O ciclone Freddy faz parte um conjunto de fenómenos extremos que cientistas consideram estar a ganhar força devido ao aumento das temperaturas no planeta.
Foi um dos ciclones mais longos de que há registo (37 dias, entre 05 de fevereiro e 14 de março) e que maior distância percorreu, superando 10 mil quilómetros, desde que se formou ao largo do norte da Austrália e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
A intempérie provocou centenas de mortes e destruição generalizada no centro de Moçambique e no Malaui.
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