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Greenvolt fora da bolsa? Euronext Lisboa lamenta mas admite mais entradas

A presidente da Euronext Lisboa lamentou hoje a possibilidade de a Greenvolt sair da bolsa, no seguimento da oferta pública de aquisição (OPA) da KKR, mas admitiu que há condições para a entrada de mais empresas no mercado.

Greenvolt fora da bolsa? Euronext Lisboa lamenta mas admite mais entradas
Notícias ao Minuto

15:18 - 22/02/24 por Lusa

Economia Greenvolt

"Sendo o nosso negócio listar empresas e negócios, nunca ficamos satisfeitos com a saída de uma empresa do mercado, mas as entradas e as saídas fazem parte da vida normal dos mercados", afirmou aos jornalistas Isabel Ucha numa iniciativa na sede da Euronext Lisboa.

No caso concreto da Greenvolt, a responsável deixou "as maiores felicidades se isso acontecer" e registou que "o mercado funcionou" entre as cotadas.

"A empresa valorizou-se substancialmente, levantou 600 milhões de euros de financiamento em dois anos, enquanto esteve cotada, dos quais 250 milhões de capital e 350 milhões de dívida, de obrigações verdes", afirmou.

A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou "justo" o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá "acelerar o plano de negócios".

Em sentido inverso, a responsável da Euronext deu o exemplo da Luz Saúde, que "saiu e agora parece que tem intenções de voltar".

"Se me perguntarem se vamos ter mais IPO [em português, oferta pública inicial, ou seja, entrada em bolsa] em 2024 do que tivemos em 2023, as condições apontam nesse sentido, há uma abertura progressiva. Não posso dizer que a janela está aberta neste momento, mas está entreaberta", disse a presidente da Euronext Lisboa.

"Nós fazemos o nosso trabalho, mantemos o diálogo com diversas empresas, vamos procurando criar as condições -- oU que elas criem as condições -- para que, quando decidam fazê-lo, estejam o mais bem preparadas possível", afirmou.

Isabel Ucha fez um balanço positivo da atividade da Euronext Lisboa em 2023, que caracterizou como um ano difícil.

"Foi um ano difícil para admitir empresas, foi um ano complexo do ponto de vista macroeconómico, do ponto de vista político", afirmou, dizendo que houve uma redução das admissões face a 2021 e 2022, mas que, ainda assim, entraram no grupo Euronext 64 empresas no ano passado".

Isabel Ucha destacou os aumentos de capital de mil milhões de euros da EDP e da EDP Renováveis, que contribuíram para a subida do 'market cap' para 97 mil milhões de euros, contra 83 mil milhões de euros em 2022.

Já o volume diário de negociação de ações na Euronext Lisboa baixou cerca de 10%, para 123 milhões de euros face a 2022 -- ainda assim mais 43% que em 2019, último ano antes da pandemia.

Leia Também: Greenvolt diz que KKR espera decisões em matéria de concorrência na OPA

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