Escolha para secretaria de Estado revela "visão empresarial" sobre AP
A Frente Comum desvalorizou hoje a transição da pasta da Administração Pública para o Ministério das Finanças, mas considerou que o percurso da nova secretária de Estado no setor privado revela a visão empresarial do Governo sobre esta área.
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Economia Frente Comum
"Nunca houve negociação nenhuma na Administração Pública em que não estivesse um elemento das Finanças. Mudar a pasta do Ministério da Presidência para o Ministério das Finanças em si não é um problema. O problema vai ser tudo o que vai ser feito à administração pública, esteja a secretaria de Estado onde estiver", disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações aos jornalistas, junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, no âmbito da ação de luta "Defender o SNS, cumprir Abril".
O dirigente garantiu que a Frente Comum não faz "juízos de valor de ninguém", mas assinalou que a escolha da nova secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, com um percurso profissional ligado ao setor privado, "é um reflexo da visão que há para administração pública: uma visão empresarial, ao invés de uma visão ao serviço da população".
Marisa Garrido é licenciada em gestão de empresas e foi vice-presidente do IAPMEI, diretora de Pessoas e Cultura e membro do Comité Transformação e da Comissão Ética do Grupo CTT (2020 a 2023), membro do Comité de Direção da DIA Portugal, diretora de Recursos Humanos na RTP (2008 a 2014), entre outras funções.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou na quinta-feira a lista de 41 secretários de Estado proposta pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para o XXIV Governo.
A posse dos secretários de Estado está marcada para hoje, às 18h00, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
O primeiro-ministro e os 17 ministros do XXIV Governo Constitucional tomaram posse na terça-feira.
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