Wall Street fecha com recordes do S&P500 e Nasdaq
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, a minimizar os anúncios de Donald Trump de subidas de direitos alfandegários sobre importações provenientes da China, do Canadá e do México, com inclusive novos recordes do Dow Jones e S&P500.
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Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,28%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,63% e o alargado S&P500 progrediu 0,57%.
Apesar de apanhada de surpresa pelos anúncios de Trump de impor direitos alfandegários de 25% às importações oriundas do Canadá e México, bem como de agravar as taxas incidentes sobre as importações vindas da China em dez pontos percentuais, a praça bolsista digeriu-os calmamente.
Trump justificou estas intenções com a necessidade de levar estes três Estados a intensificarem a luta contra os fluxos de drogas originados nos seus territórios e destinados aos EUA.
"Em teoria, o aumento dos direitos alfandegários não deveria ser uma boa notícia para as ações, mas (...) o mercado optou por ver aí uma tática negocial", disse Steve Sosnick, da Interactive Brokers, à AFP.
"O ambiente foi globalmente positivo", acrescentou, mesmo que não tenha conduzido a "aquisições agressivas" pelos investidores.
"As valorizações de algumas grandes capitalizações doparam o S&P50 e o Nasdaq", comentou, por seu lado, Patrick O'Hare, de Briefing.com.
As "Sete Magníficas", designação atribuída às mega capitalizações do setor tecnológico, terminaram quase todas com ganhos, à imagem de Alphabet (+0,70%), Amazon (+3,18%), Nvidia (+0,66%) ou Apple (+0,94%).
"Se estes títulos estão em alta, isso basta geralmente para levar o mercado para terreno positivo", notou Sosnick.
Onde os anúncios de Trump tiveram efeito negativo foi no setor automóvel, exemplificado desde logo pela General Motors, que fechou a perder 9,03%.
"Grande parte dos seus veículos é montada no México e no Canadá, ou então incluem peças provenientes do México, do Canadá e da China", detalhou Sosnick.
"Não é uma boa notícia para eles, se a sua cadeia de aprovisionamento é afetada pelos direitos alfandegários", acrescentou.
Quanto a indicadores, os investidores acompanharam o relativo à confiança dos consumidores nos EUA, que voltou a subir em novembro, devido em particular ao otimismo quanto ao mercado de trabalho.
Já as vendas de casas novas recuaram fortemente em outubro, dececionando os investidores que esperavam uma baixa menos forte.
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