KKR mandata Mediobanca para comprar em bolsa até 19,9% da Greenvolt
A GVK Omega, a sociedade do fundo KKR, anunciou um acordo com o Mediobanca para adquirir em bolsa até 19,9% da Greenvolt por um máximo de 8,3 euros por ação, uma operação que arranca na segunda-feira.
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Economia Greenvolt
De acordo com um comunicado da Greenvolt enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sexta-feira, o Mediobanca vai proceder à aquisição de até 19,9% das ações da elétrica através de um acordo de "total return equity swap" que se inicia a partir da data da comunicação - na prática hoje, com a abertura do mercado - e até ao final de julho.
"Os direitos económicos associados a essas ações da Greenvolt serão para benefício da Gamma Lux", lê-se no comunicado.
A Gamma Lux, fundo de investimento em infraestruturas com sede no Luxemburgo e gerida pelo KKR, terá a opção de liquidar o 'swap' fisicamente, através da aquisição das ações da Greenvolt adquiridas pela Mediobanca ao abrigo do acordo ou em dinheiro.
Esta operação anunciada na sexta-feira acontece enquanto decorre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Greenvolt, lançada em dezembro.
A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.
Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou justo o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que o capital acionista adicional permitirá "acelerar o plano de negócios".
Relativamente ao preço de 8,3 euros por ação oferecido, o Conselho de Administração da Greenvolt entende que "é justo", tendo em conta que "representa um prémio de 95,3% face ao preço de subscrição das ações no âmbito da abertura de capital e de 47,7% face ao preço de subscrição das ações no âmbito do aumento de capital 2022".
Representa ainda "um prémio de 11,4% face à cotação do dia anterior ao da publicação do anúncio preliminar e um prémio de 32,1% face à cotação média ponderada das ações nos seis meses anteriores ao dia da publicação do anúncio preliminar", encontrando-se "em linha com os resultados das 'fairness opinions' preparadas pela Lazard e pelo Millenniumbcp, que consideram o valor justo".
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