BCE e China a salvo da solução para o BES
Os detentores da dívida sénior que, segundo as novas regras europeias poderão ter de assumir perdas em caso de resgate, ficaram a salvo, como é o caso do Banco Central Europeu (BCE) e do China Development Bank, noticia o Diário Económico.
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Economia Solução
Os acionistas e os obrigacionistas subordinados perderam com as soluções encontradas para o BES, mas este não foi o caso dos detentores de dívida sénior, que não foram chamados a contribuir para a recuperação do banco, segundo o Económico.
Este modelo veio então poupar os credores oficiais como o Banco Central Europeu (BCE) e o Estado Chinês. “Portugal, como muitos outros países ainda não adotou toda a legislação, o que dá liberdade às autoridades para escolherem os credores chamados a participar no resgate”, sendo que “daqui a dois anos não haverá escolha a não ser envolver também os detentores de dívida sénior”.
No caso do BCE que financiou o BES em dez milhões de euros através das operações de refinanciamento, que foi entregue por parte do banco de colaterais. Caso o banco não cumprisse este empréstimo, esses colaterais seriam executados. E se a solução para o BES passasse pela imposição de um determinado nível de perda das obrigações sénior, o BCE teria que confiar no Estado para honrar as garantias.
Assim, “o BCE passará a ser em simultâneo credor e regulador de muitos bancos europeus”, segundo a agência Reuters.
Outro dos parceiros estratégicos do BES, o China Development Bank, controlado pelo Estado chinês, estabeleceu em 2011 um acordo de financiamento ao BES de 225 milhões de euros, que atinge o seu limite no próximo mês. No entanto, vai sofrer quaisquer perdas e ficou a salvo da crise do BES.
Quem realmente perdeu com esta solução, foram os acionistas com valor reduzido a zero, os detentores de dívida subordinada e a banca nacional.
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