STE sem acordo com o Governo vai pedir reunião suplementar
A Frente Sindical, liderada pelo STE, não chegou a acordo com o Governo e acredita que a proposta de atualização geral dos salários da função pública "pode ser melhorada", pelo que vai avançar com um pedido de reunião suplementar.
© Lusa
Economia STE
"Não chegámos a acordo ainda. Acreditamos que a proposta que o Governo apresentou pode ser melhorada e portanto vamos requerer negociação suplementar", afirmou a presidente do STE, que lidera a Frente Sindical, à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, hoje em Lisboa.
Segundo Maria Helena Rodrigues, o Governo manteve a proposta apresentada na última reunião, que prevê um aumento de 55,26 euros (o equivalente a um nível remuneratório da Tabela Remuneratória Única) ou um mínimo de 2,1% para 2025.
O STE, afetado à UGT, acredita que o Governo "tem margem" para melhorar esta proposta, com o sindicato a defender agora um aumento salarial de 2,5% para todos os trabalhadores. "Já descemos de 2,75% para 2,5%", precisou, sublinhando que a proposta do Governo não cobre a inflação prevista para o próximo ano (2,3%).
"Não podemos perder o conjunto", afirma Maria Helena Rodrigues, lembrando que há carreiras na Administração Pública que já foram revistas este ano e que "vão ter também a atualização" e outras "que não tiveram nada e vão apenas ter a atualização".
À saída da reunião, a líder do STE disse ainda que "há um conjunto de matérias que o Governo não esclareceu completamente", nomeadamente no que toca à atualização do subsídio de refeição e das ajudas de custo.
Segundo Maria Helena Rodrigues, o STE tem agora "cinco dias" para requerer ao Governo a reunião suplementar, sendo que a líder do sindicato acredita que o encontro deve acontecer depois da votação da proposta de Orçamento do Estado para 2025, na generalidade, marcada para quinta-feira.
A secretária de Estado da Administração Pública está agora reunida com o coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (Frente Comum), recebendo depois a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap).
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