Depósitos de particulares atingem valor mais alto de sempre em outubro
O 'stock' de depósitos de particulares atingiu em outubro o valor mais alto registado pelo Banco de Portugal, chegando aos 189.309 milhões de euros, enquanto os empréstimos atingiram um máximo desde abril de 2013.
© Lusa
Economia BdP
No final de outubro de 2024, dados do Banco de Portugal (BdP) referem que a taxa de variação anual (tva), que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas, do 'stock' de depósitos de particulares nos bancos residentes foi de 8,3%, tendo sido o valor mais alto desde fevereiro de 2021.
De acordo com o banco central, a variação mensal, que foi de 1.220 milhões de euros, resultou do aumento de 639 milhões de euros das responsabilidades à vista -- constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem -- e da subida de 581 milhões de euros dos depósitos a prazo -- prazo acordado e com pré-aviso.
Já entre as empresas, o volume de depósitos nos bancos residentes era, no final de outubro, de 66.919 milhões de euros, mais cerca de 1.500 milhões de euros e com uma tva de 2,3%.
No campo dos empréstimos a particulares, o montante total atingiu 131.338 milhões de euros, mais 3,1% face a outubro do ano passado e 506 milhões de euros face a setembro.
O montante total de empréstimos mobilizados para habitação subiu para 101.286 milhões de euros, contra 100.851 milhões de euros em setembro e mais 2,3% em termos anuais,
Para consumos consumo e outros fins, o aumento foi de 71 milhões de euros face a setembro e 6,1% face outubro do ano passado, para 30.052 milhões de euros.
"O crescimento da finalidade de consumo desacelerou ligeiramente, apresentando uma taxa de variação anual de 7,1% (7,6% em setembro). Já os empréstimos para outros fins registaram o maior crescimento anual desde outubro de 2008 (4,1%)", explica o BdP.
No final de outubro, o crédito pessoal totalizava 12.500 milhões de euros, o crédito automóvel 8.259 milhões de euros e 3.130 milhões de euros nos cartões de crédito, representando tva respetivas de 7,3%, 9,5% e 8,9%.
Para empresas, o 'stock' era de 71.913 milhões de euros, menos 525 milhões de euros que em setembro, mas com uma tva de 0,8%.
Por dimensão, as microempresas e as grandes empresas tiveram tva positivas de 7,8% e 1,4%, respetivamente, encantoas pequenas e as médias empresas registaram taxas negativas de -2,0% e 5,1%.
Os setores das indústrias e eletricidade e do comércio, transportes e alojamento apresentaram, em outubro, taxas de variação anual negativas de 1,3% e 0,9%, respetivamente (-2,0% e -1,1% em setembro), enquanto construção e atividades imobiliárias teve taxa de variação anual positiva (4,8%, contra 3,8% em setembro).
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