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Empresas não financeiras criaram mais valor e diminuíram risco em 2023

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) das empresas não financeiras em Portugal aumentou para 49,4% da oferta interna da economia em 2023, face a 47% em 2022, tendo a respetiva rentabilidade registado um "avanço significativo", segundo estudo da Iberinform.

Empresas não financeiras criaram mais valor e diminuíram risco em 2023
Notícias ao Minuto

28/11/24 15:05 ‧ Há 2 Horas por Lusa

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De acordo com o estudo "Panorama Empresarial em Portugal", hoje divulgado, as empresas não financeiras evidenciaram "um desempenho notável" em 2023, melhorando a produtividade e a rentabilidade económica e conseguindo um "maior controle sobre a dívida e a tesouraria".

 

Destacando que as empresas "ampliaram a criação de valor para os seus clientes, fornecedores, empregados e financiadores", a Iberinform refere ainda que "não só reduziram riscos, como também tiveram uma menor probabilidade de apresentar resultados negativos".

"Apesar de enfrentar desafios nas cadeias de valor e no aumento dos preços de matérias-primas, energia e serviços, as empresas portuguesas não financeiras conseguiram superar as ameaças económicas", salienta, indicando que "a mudança nas taxas de juros, que começaram a inverter a tendência de queda em 2023, também foi um fator relevante neste processo".

Entre os fatores que impulsionaram este crescimento o estudo aponta o aumento da produtividade e a melhoria na margem bruta negocial, com a relação entre os preços de venda e os custos com fornecedores a tornar-se mais favorável.

Também o valor acrescentado no processo de produção foi ampliado, especialmente em relação aos fornecedores de matérias-primas, mercadorias e serviços, nota a Iberinform, filial da Crédito y Caución.

Ainda destacado é o aumento da rendibilidade económica e da taxa de margem de segurança das empresas não financeiras, o que permitiu diminuir "significativamente o risco económico".

Já a autonomia financeira cresceu para 46,1%, enquanto o peso da dívida remunerada diminuiu para 25,8%, com a cobertura da dívida financeira a melhorar para 3,1 anos de EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) recorrente.

O estudo apontou ainda avanços obtidos ao nível da tesouraria, com as empresas a apresentarem uma menor exposição ao risco de incumprimento de clientes e fornecedores e uma geração de caixa "mais robusta".

"O tempo crítico de inatividade antes da rutura de tesouraria aumentou para quase três meses, o que demonstra uma gestão financeira mais eficiente", precisa a Iberinform.

O estudo destaca ainda que o Valor Económico Adicionado (EVA, na sigla inglesa) das empresas cresceu para 2,5%, em comparação com 0,8% em 2019, enquanto a rendibilidade económica líquida de impostos também aumentou para 8,9%, superando o custo médio ponderado do capital de 4,5% e regressando aos níveis observados em 2019.

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